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MPMS investiga uso de ambulâncias alugadas enquanto frota nova permanece parada em Campo Grande

Inquérito apura por que 12 viaturas doadas pelo Ministério da Saúde seguem inativas, enquanto Prefeitura mantém contrato de locação que custa mais de R$ 70 mil por mês.
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MPMS apura por que ambulâncias novas doadas ao Samu seguem paradas enquanto veículos alugados continuam em operação (Foto: Divulgação). Por: Editorial | 10/10/2025 12:58

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou um inquérito civil para investigar o uso contínuo de ambulâncias alugadas pela Prefeitura de Campo Grande, mesmo após o recebimento de 12 viaturas novas doadas pelo Ministério da Saúde.

A apuração é conduzida pela 76ª Promotoria de Justiça de Saúde e foi motivada por representações de dois deputados federais e do Conselho Municipal de Saúde, além de reportagens que denunciaram a inatividade dos veículos.

Segundo o MPMS, seis ambulâncias foram entregues em dezembro de 2024 e outras seis em abril de 2025, todas emplacadas, asseguradas e prontas para uso. No entanto, uma vistoria realizada em setembro constatou que metade da frota permanece parada na base do Samu, enquanto cinco ambulâncias alugadas seguem operando.

O contrato de locação, firmado em julho de 2024, prevê o pagamento de R$ 14.295,25 por unidade, totalizando mais de R$ 70 mil por mês, mesmo com decretos municipais de contenção de despesas em vigor.

A Prefeitura justificou que não há equipes suficientes para colocar as novas viaturas em circulação. No entanto, o MPMS apontou que os mesmos profissionais que operam os veículos alugados poderiam atuar nas ambulâncias doadas, o que indicaria uma decisão administrativa que manteve o contrato de locação sem justificativa plausível.

O Ministério Público também destacou que a falta de uso das viaturas novas pode comprometer sua integridade e durabilidade, resultando em desperdício de recursos públicos.

O caso ganhou repercussão após a denúncia de uma família que precisou pagar por uma transferência de paciente, enquanto ambulâncias novas permaneciam estacionadas.

A Promotoria já expediu ofícios à Prefeitura, à Câmara Municipal e aos parlamentares que apresentaram as representações, solicitando esclarecimentos sobre a persistência do uso de ambulâncias alugadas e a não incorporação das viaturas doadas ao serviço de urgência e emergência da Capital.




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