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Pesquisa aponta avanços após proibição de celulares em salas de aula

Maioria dos alunos relata mais atenção nas aulas e gestores veem queda no bullying; estudo indica desafios como tédio e ansiedade entre estudantes
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Uso de celular em sala de aula: pesquisa mostra que proibição aumenta a atenção, mas também traz desafios de engajamento entre estudantes. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil Por: Editorial | 24/09/2025 16:38

Uma pesquisa realizada pela Frente Parlamentar Mista da Educação, em parceria com o Equidade.info – iniciativa do Lemann Center da Stanford Graduate School of Education – revelou que a restrição ao uso de celulares em sala de aula tem gerado impactos positivos no aprendizado.

Segundo o levantamento, 83% dos estudantes afirmam estar mais atentos às aulas após a medida, com destaque para o Ensino Fundamental I (88%). No Ensino Médio, 70% dos alunos também perceberam melhora no foco.

Outro ponto positivo foi a redução de conflitos virtuais: 77% dos gestores e 65% dos professores relataram queda no bullying digital dentro das escolas. Entre os estudantes, no entanto, apenas 41% confirmaram essa percepção, o que sugere que parte dos casos não é relatada diretamente.

Por outro lado, os desafios permanecem. Quase metade dos alunos (44%) relatou mais tédio nos intervalos e 49% dos professores perceberam aumento da ansiedade entre os jovens. O impacto varia por região: o Nordeste registrou o melhor índice de avanços (87%), enquanto Centro-Oeste e Sudeste apresentaram os menores (82%).

O presidente da Frente Parlamentar, deputado Rafael Brito, afirmou que a medida “confirma a necessidade de proteger os estudantes e priorizar a educação”. Já Claudia Costin, presidente do Equidade.info, alertou que a proibição “foi positiva, mas sozinha não basta”, defendendo alternativas de interação e estratégias específicas para cada faixa etária.

O estudo, coordenado pelo professor Guilherme Lichand, reforça que a lei sancionada em janeiro de 2025 deve ser acompanhada de práticas pedagógicas que mantenham o engajamento e o bem-estar dos alunos.

A pesquisa ouviu 2.840 alunos, 348 professores e 201 gestores de escolas públicas e privadas em todas as regiões do país, entre maio e julho de 2025. Com informações: AgênciaBrasil




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