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Transtorno do Espectro Autista: nova linha de cuidado pede teste a partir dos 16 meses

Ministério da Saúde lança diretrizes para detecção precoce e apoio a crianças com sinais de TEA
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Caminhada do Dia Mundial da Conscientização do Autismo na zona sul do Rio de Janeiro reforça a importância do diagnóstico precoce. Foto: Agência Brasil/Tânia Rêgo Por: Editorial | 18/09/2025 16:19

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (18) uma nova linha de cuidado para crianças com sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA), que passa a recomendar a aplicação de testes de triagem em todas as crianças entre 16 e 30 meses de idade durante as consultas de rotina na atenção primária.

Segundo a pasta, a estratégia busca garantir que intervenções e estímulos sejam iniciados o quanto antes, mesmo antes da confirmação do diagnóstico. “A atuação precoce é fundamental para a autonomia e a interação social futura”, destacou o ministério em nota oficial.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esta é a primeira vez que o país estabelece uma linha de cuidado específica para o TEA. Ele ressaltou que a iniciativa é “potente e abrangente” e que não é necessário esperar a conclusão do diagnóstico para iniciar os cuidados e intervenções.

O teste de triagem M-Chat, que identifica sinais de autismo nos primeiros anos de vida, será incorporado como rotina e está disponível na Caderneta Digital da Criança e no prontuário eletrônico E-SUS. Os estímulos e terapias indicados para crianças com suspeita de TEA também foram atualizados no Guia de Intervenção Precoce, que entrará em consulta pública.

A linha de cuidado inclui ainda o fortalecimento do Projeto Terapêutico Singular (PTS), que prevê um plano individualizado para cada criança, elaborado por equipes multiprofissionais junto às famílias. O documento também orienta sobre os fluxos de encaminhamento, indicando quando os pacientes atendidos nos Centros Especializados em Reabilitação (CER) devem ser direcionados a outros serviços, como os de saúde mental.

Além da detecção precoce, a proposta reforça a importância do acolhimento e do suporte às famílias, reconhecendo o papel central de pais e cuidadores no desenvolvimento infantil. As ações incluem orientação parental, grupos de apoio e capacitação de profissionais da atenção primária para estimular práticas no ambiente domiciliar.

De acordo com estimativas do governo, cerca de 1% da população brasileira vive com TEA, e 71% dessas pessoas apresentam também outras deficiências, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o ministério, esses dados reforçam a necessidade de ações integradas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A iniciativa também prevê a implementação, no Brasil, do programa de treinamento de habilidades para cuidadores da Organização Mundial da Saúde (OMS), destinado a apoiar famílias com crianças com TEA ou atraso no desenvolvimento. Com informações: Agência Brasil




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