Mato Grosso do Sul conta com 174.860 pessoas com algum tipo de deficiência, de acordo com dados do Observatório da Cidadania da UFMS, divulgados nesta quarta-feira (17). A deficiência visual é a mais frequente, atingindo 96.300 sul-mato-grossenses, seguida por dificuldades de mobilidade (62.143), motoras (33.134), cognitivas (32.456) e auditivas (30.501).
O levantamento revela que as mulheres representam a maioria entre as pessoas com deficiência, totalizando 97.536, contra 77.324 homens. Em relação à cor ou raça, pardos (81.152) e brancos (73.428) são os grupos mais afetados, seguidos por pretos (14.839), indígenas (4.278) e amarelos (1.151).
A pesquisa também evidencia desigualdades educacionais: entre homens de 25 a 29 anos com deficiência, 15,5% são analfabetos, enquanto entre mulheres de 50 a 59 anos, a taxa chega a 16,26%. Atualmente, 9.268 pessoas com deficiência frequentam o ensino fundamental, 3.699 o ensino médio e 2.995 o ensino superior.
O levantamento aponta ainda diferenças entre municípios. Paranaíba lidera com a maior proporção de pessoas com deficiência, 11,39%, seguida por Cassilândia (10,39%), Corguinho (9,83%), Coxim (8,99%) e Aparecida do Taboado (8,89%).
Além de traçar o perfil da população, a plataforma apresenta informações sobre políticas públicas de inclusão escolar, acessibilidade em espaços públicos e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Iniciativas de turismo acessível, no entanto, ainda são pouco implementadas.
O Observatório da Cidadania de MS foi criado em 2024 pela UFMS, em parceria com a Secretaria de Estado da Cidadania, com apoio da Fundect, e visa consolidar dados para subsidiar políticas públicas mais inclusivas. Com informações: UFMS.