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EUA retiram tarifas sobre celulose e ferro-níquel brasileiros e impulsionam indústria em MS

Medida do Governo dos Estados Unidos beneficia setor que tornou Mato Grosso do Sul líder nacional na produção de celulose, com 24% do total do país.
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Por: Editorial | 15/09/2025 17:23

A publicação da Ordem Executiva nº 14.346 pelo Governo dos Estados Unidos retirou as tarifas adicionais sobre a maior parte das exportações brasileiras de celulose e ferro-níquel para os EUA. Na prática, esses produtos deixam de ser submetidos tanto à alíquota de 10%, anunciada em abril, quanto à sobretaxa de 40% aplicada em julho, o que representa um importante avanço para a indústria nacional — especialmente a de celulose em Mato Grosso do Sul.

O estado consolidou-se em 2024 como o maior produtor e exportador brasileiro do setor, respondendo por 24% da produção nacional, o equivalente a cerca de 5,5 milhões de toneladas anuais. O desempenho é impulsionado por grandes empresas, como a Suzano, que inaugurou no ano passado a maior linha de produção de celulose em linha única do mundo em Ribas de Rio Pardo, e pela chilena Arauco, que avança com um projeto bilionário em Inocência. Também atuam no estado companhias como Eldorado e Bracell.

Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), pelo menos quatro novos empreendimentos do setor podem se instalar em Mato Grosso do Sul até 2032, com potencial de gerar cerca de 100 mil empregos — sendo 24 mil diretos e 69 mil indiretos. A Suzano já iniciou a construção de uma nova indústria em Ribas de Rio Pardo, enquanto a Arauco realiza a terraplanagem de sua futura fábrica em Inocência.

Em 2024, o Brasil exportou aproximadamente US$ 1,84 bilhão desses produtos aos EUA, o que representa 4,6% do total exportado ao país, com destaque para as pastas químicas de madeira não conífera e conífera, que somaram US$ 1,55 bilhão. Com a nova exclusão, 25,1% das exportações brasileiras aos EUA agora estão livres das tarifas extras de 10% e 40% impostas pelo governo estadunidense.

“O governo segue empenhado em diminuir a incidência de tarifas dos EUA sobre os produtos brasileiros. A mais recente ordem executiva dos EUA representa um avanço sobretudo para o setor de celulose do Brasil. Mas ainda há muito a ser feito e seguimos trabalhando para isso”, afirmou o vice-presidente e ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.

Dados do MDIC mostram que, do total de US$ 40 bilhões exportados aos EUA, 34,9% (US$ 14,1 bilhões) seguem sujeitas às tarifas adicionais de 10% e 40%, 16,7% (US$ 6,8 bilhões) à alíquota de 10%, 25,1% (US$ 10,1 bilhões) estão livres de sobretaxas e 23,3% (US$ 9,4 bilhões) permanecem sujeitas a tarifas específicas aplicadas a todos os países.




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