Os preços do café encerraram a sessão desta sexta-feira (12) com expressivas altas nas bolsas internacionais, impulsionados pelo tempo seco nas principais regiões produtoras do Brasil e pela valorização do real frente ao dólar. Segundo dados do Barchart, o café arábica registrou a maior alta em quatro meses, enquanto o robusta teve o maior avanço em uma semana e meia.
De acordo com o engenheiro agrônomo e consultor em cafeicultura Jonas Leme Ferraresso, a falta de chuvas já trouxe prejuízos para o potencial produtivo da safra 2026, com diversas lavouras apresentando desfolha. O mercado segue atento à chegada de chuvas mais volumosas no fim deste mês, consideradas essenciais para garantir a principal florada do próximo ciclo produtivo.
O analista da Safras & Mercado, Gil Barabach, ressalta que o mercado está pressionado pela preocupação com o abastecimento a curto prazo, já que a produção do arábica recuou e os estoques globais estão praticamente zerados.
Segundo a Reuters, comerciantes do Vietnã, maior produtor mundial de robusta, estão otimistas com a próxima safra devido ao clima favorável, enquanto a colheita na Indonésia, terceiro maior produtor, sofre com o excesso de chuvas.
Em Nova York, o arábica fechou com alta de 1.060 pontos, cotado a 410,65 cents/lbp para setembro/25. Já o robusta teve ganhos de US$ 80, alcançando US$ 4.817/tonelada nos contratos de setembro/25.
No mercado interno, o café arábica tipo 6 subiu 2,48% em Machado (R$ 2.480,00/saca), 2,16% em Guaxupé (R$ 2.361,00/saca) e 1,72% em Campos Gerais (R$ 2.365,00/saca). O cereja descascado também registrou altas, com destaque para Guaxupé (2,08%) e Varginha (1,24%). Com informações: Notícias Agrícolas.