A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou para baixo a projeção da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025, de 4,9% para 4,8%, segundo o Boletim Macrofiscal divulgado nesta quinta-feira (11). A estimativa permanece acima do teto da meta de inflação, fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 4,5%.
O recuo nas projeções reflete fatores como excesso de oferta global de bens, menores pressões inflacionárias nos setores agropecuário e industrial, efeitos defasados do real mais valorizado e a expectativa de bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica em dezembro. Para 2026, a inflação medida pelo IPCA deve ficar em 3,6%, convergindo para o centro da meta nos anos seguintes.
Em relação a outros índices, a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) se manteve em 4,7%, enquanto a do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu de 4,6% para 2,6%, reflexo da sensibilidade deste índice às variações do dólar.
O boletim também revisou para baixo a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% para 2,3%, devido ao desaquecimento da atividade econômica observado no segundo trimestre, influenciado por política monetária restritiva e desaceleração do crédito. A indústria deve crescer 1,4%, os serviços 2,1% e o setor agropecuário 8,3%, impulsionado por maior produção de milho, algodão e abate de bovinos, mesmo considerando tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos. Com informações: Agência de Notícias.