O Banco Central rejeitou a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), operação que vinha sendo analisada desde março e era a última etapa regulatória necessária para concretizar o negócio. A decisão foi comunicada na noite desta quarta-feira (3) por meio de fato relevante divulgado pelo BRB aos investidores.
Segundo o comunicado, a operação envolvia a aquisição de 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do Banco Master, avaliada em R$ 2 bilhões. O BRB informou que solicitou acesso à íntegra da decisão para compreender os fundamentos do indeferimento e analisar alternativas cabíveis.
O banco ressaltou que a transação era considerada estratégica para ampliar sua presença no mercado, gerar valor aos clientes e fortalecer o sistema financeiro. A instituição garantiu que manterá os acionistas e o mercado informados sobre eventuais desdobramentos.
O negócio já vinha enfrentando resistências. O Banco Master é alvo de desconfiança no mercado por sua política agressiva de captação de recursos, oferecendo rendimentos de até 140% do CDI, acima da média dos pequenos bancos. Além disso, a instituição não publicou o balanço de 2024, fracassou na tentativa de emissão de títulos em dólares e enfrenta questionamentos sobre operações com precatórios.
Recentemente, o BTG Pactual chegou a oferecer R$ 1 para assumir o controle do Master, desde que pudesse contar com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para cobrir o passivo. O acordo, no entanto, não avançou por falta de consenso entre os bancos que compõem o FGC. Com informações: Agência Brasil.