Mato Grosso do Sul está promovendo uma expansão histórica na RAPS (Rede de Atenção Psicossocial), passando de 33 CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) em 2022 para 40 unidades em 2025, incluindo a habilitação do CAPS de Amambai. A previsão é chegar a 56 unidades até 2029, alcançando 87% do território estadual e 69 municípios.
O avanço é impulsionado pelo novo PAR (Plano de Ação Regional), apresentado na 388ª reunião da CIB (Comissão Intergestores Bipartite) e aprovado pela Resolução CIB/SES nº 864, de 29 de agosto de 2025. Elaborado pela Gerência de Atenção Psicossocial, o plano adota a regionalização como eixo central, permitindo que municípios pequenos se unam em arranjos regionais para habilitar serviços e acessar recursos federais e estaduais.
“Com a regionalização, conseguiremos atender municípios que sozinhos não teriam condições de habilitar serviços. Esse modelo garante que todas as regiões do estado sejam contempladas”, afirma Carolina Andréa Palácios, gerente de Atenção Psicossocial.
Angélica Cristina Segatto Congro, superintendente de Atenção à Saúde, destaca que o PAR de 2025 será um divisor de águas: “Ele descentralizará os serviços, fortalecerá a rede e levará cuidado para municípios que historicamente não tinham acesso.”
A construção do plano envolveu a Superintendência de Atenção à Saúde, a Coordenação de Áreas Temáticas e Saúde Mental, a Gerência de Atenção Psicossocial, gestores e técnicos municipais, com a participação do Ministério Público (MPMS), reforçando o compromisso intersetorial com a saúde mental.
Entre os serviços pactuados estão 17 novos CAPS, 3 CAPS regionalizados, 2 Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) regionais, 2 SRT municipais e 1 Unidade de Acolhimento Adulto (UA-A) municipal. A expansão foi viabilizada por uma resolução estadual que instituiu a regionalização como política oficial, garantindo contrapartida do governo estadual e recursos tripartites (federal, estadual e municipal). CAPS AD III podem receber até R$ 159 mil mensais, e SRT regionais contam com cotas de implantação de até R$ 100 mil.
“A atualização do PAR reforça a regionalização como eixo estruturante da RAPS. Nosso objetivo é ampliar o acesso, reduzir desigualdades e garantir que a expansão ocorra de forma planejada e pactuada com os municípios”, afirma Arielle Jheniffer dos Reis, coordenadora de Áreas Temáticas e Saúde Mental da SES. Com informações: Agência de Notícias.