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Lula autoriza aplicação da Lei da Reciprocidade, mas afirma não ter pressa contra os EUA

Presidente destaca que medida busca acelerar negociações sobre tarifas de até 50% aplicadas a produtos brasileiros e reafirma disposição para diálogo, enquanto autoridades investigam crime organizado ligado ao setor de combustíveis.
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O presidente Lula em entrevista à Rádio Itatiaia em Belo Horizonte, onde falou sobre a Lei da Reciprocidade e as operações contra o crime organizado no setor de combustíveis. Foto: Divulgação. Por: Editorial | 29/08/2025 16:04

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (29) que não tem pressa para aplicar a Lei da Reciprocidade contra os Estados Unidos, embora tenha autorizado o início do processo pelo qual o Brasil poderá responder às sobretaxas impostas a produtos nacionais. Em entrevista à Rádio Itatiaia, em Belo Horizonte, Lula explicou que a medida visa garantir a soberania do país e pressionar por negociações comerciais, sem abrir mão do diálogo. Ao mesmo tempo, o presidente comentou operações policiais que investigam grupos criminosos ligados à cadeia de combustíveis e lavagem de dinheiro.

A Lei da Reciprocidade, sancionada em abril, permite ao Brasil adotar medidas de retaliação a ações unilaterais de outros países contra produtos brasileiros, como as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos. O presidente ressaltou que, apesar de ter iniciado o processo junto à Câmara de Comércio Exterior (Camex) e à Organização Mundial do Comércio (OMC), pretende negociar e evitar conflitos.

O aumento das tarifas norte-americanas faz parte de uma política iniciada pelo governo Trump, que eleva barreiras contra parceiros comerciais de acordo com déficits comerciais. Atualmente, 35,6% das exportações brasileiras para os EUA sofrem uma taxa de 50%. Lula afirmou que o Brasil está disposto a negociar “24 horas por dia”, mas ressaltou que ainda não houve abertura de diálogo por parte das autoridades norte-americanas.

Durante a entrevista, o presidente também comentou operações de combate ao crime organizado relacionadas ao setor de combustíveis. Segundo ele, a investigação busca atingir as lideranças e esquemas sofisticados de lavagem de dinheiro por meio de fintechs, com indícios de ligação a facções criminosas internacionais. Já foram autorizados bloqueios de bens e fundos de até R$ 1,2 bilhão. Com informações: Agência Brasil.




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