A Justiça da Itália decidiu nesta quinta-feira (28) manter a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), enquanto o pedido de extradição feito pelo Brasil continua em tramitação. A decisão da Corte de Apelação de Roma considerou existir risco de fuga e que a defesa não comprovou alegações de perseguição política.
Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), Zambelli demonstra desconhecimento da língua italiana, exigindo intérprete durante as audiências. Os juízes também avaliaram que problemas de saúde apontados pela defesa, incluindo transtorno depressivo, não impedem a manutenção da prisão.
A parlamentar foi presa no mês passado em Roma ao tentar fugir do cumprimento de um mandado de prisão emitido pelo ministro Alexandre de Moraes. Zambelli deixou o Brasil em maio, após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão pelo envolvimento na invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023, crime que resultou também em multa de R$ 2 milhões por danos coletivos. Investigadores apontam que a deputada teria sido a autora intelectual do ataque, realizado por Walter Delgatti a seu pedido.
Além deste caso, Zambelli recebeu nova condenação do STF na semana passada, por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal contra o jornalista Luan Araújo, ocorrido em São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A pena definida foi de cinco anos e três meses de prisão. Com informações: Agência Brasil.