O Pantanal de Miranda foi palco de um registro impressionante no último domingo (24). Uma armadilha fotográfica do Projeto Jaguatiricas flagrou o exato momento em que uma onça-pintada solta o famoso esturro — som grave e potente que ecoa pela mata e evidencia toda a imponência do maior felino das Américas.
Na imagem, o animal aparece aparentemente tranquilo, mas o que chama a atenção é o som captado. As contrações visíveis na barriga da onça revelam a força da vocalização, que intrigou os pesquisadores do projeto. Segundo os especialistas, o esturro funciona como um “anúncio” da onça para o ambiente, podendo indicar busca por parceiro, marcação de território, afastamento de rivais ou simplesmente a reafirmação de sua presença dominante na região.
De acordo com os pesquisadores, esse tipo de comunicação é essencial para a vida selvagem, desempenhando papel tanto na reprodução quanto na defesa do território.
As armadilhas fotográficas têm permitido que cientistas acompanhem de perto o comportamento desses animais sem causar interferências no habitat natural. No caso registrado em Miranda, o equipamento captou não apenas a imagem, mas também um momento sonoro raro, que reforça o fascínio e a força da fauna pantaneira.