A segunda fase da Operação Cyber Fake, deflagrada em 21 de agosto pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), resultou na prisão preventiva de um homem acusado de extorsão digital. O investigado, detido em Itaquiraí, utilizava perfis falsos em redes sociais para ameaçar vítimas com o vazamento de conteúdos íntimos e, em seguida, oferecia serviços fraudulentos de “proteção cibernética” mediante pagamento.
A ação foi conduzida pela 1ª Promotoria de Justiça de Itaquiraí, em parceria com a Unidade de Combate aos Crimes Cibernéticos (UICC/CI) do MPMS. Segundo a investigação, o esquema seguia um padrão estruturado: o autor criava perfis falsos, simulava ameaças de exposição de imagens íntimas e se apresentava como especialista em segurança digital.
Após conquistar a confiança das vítimas, o suspeito cobrava valores elevados para “remover conteúdos da internet” ou “blindar perfis contra ataques”. Mesmo após os pagamentos, as ameaças continuavam, evidenciando a fraude. Em um dos casos recentes, a vítima pagou R$ 16.800,00, divididos em R$ 4.800,00 por um pacote inicial, R$ 750,00 por proteção adicional e R$ 13.875,00 pela suposta exclusão definitiva de mídias íntimas.
O histórico do investigado inclui vítimas em diferentes estados, entre elas uma adolescente de 16 anos que precisou vender bens para pagar cerca de R$ 1.000,00. Foram identificados perfis falsos usados no golpe, como “Roni Godoi”, “thiagooo_coutinho”, “cr.andromeda”, “crr.andromeda”, “Wesley Lopes” e “Gabriel”. A análise técnica apontou uma estrutura digital organizada, com uso de engenharia social, ocultação de identidade e armazenamento de material sensível.
O MPMS destacou que a operação visa punir os responsáveis, proteger vítimas vulneráveis e combater a impunidade em crimes digitais.
Alerta à população
O Ministério Público reforça que usuários de redes sociais devem evitar compartilhar informações pessoais ou imagens íntimas com desconhecidos, desconfiar de perfis não verificados e não realizar transferências financeiras sem a devida verificação.
Denúncias podem ser feitas pela Ouvidoria do MPMS (site: ouvidoria.mpms.mp.br, telefone: 127) ou diretamente nas Promotorias de Justiça. Com informações do MPMS/Texto: Marta Ferreira de Jesus/Revisão: Fabrício Judson