Os preços do café encerraram a semana em forte alta nas bolsas internacionais. Nesta sexta-feira (22), Nova York registrou avanço de mais de 3% no arábica, enquanto Londres valorizou 2,88% no contrato de novembro/25 para o robusta.
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a oferta segue restrita no curto e médio prazo. No Brasil, produtores de conilon/robusta seguram a comercialização, enquanto na Indonésia as chuvas dificultaram a colheita. Já no Vietnã, a nova safra só deve entrar no mercado no fim do ano.
Para o arábica, fatores como estoques certificados em queda, safra brasileira aquém das expectativas, notícias de geadas no cerrado mineiro e retração nas exportações do Brasil impulsionaram as cotações em Nova York. O tarifaço dos Estados Unidos sobre as importações brasileiras, com taxa de 50%, também influencia o cenário.
O engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação Procafé, Lucas Bartelega, alerta que as floradas já começaram em várias regiões produtoras de arábica e que o clima nas próximas semanas será determinante para a produtividade da safra 2026.
No mercado físico brasileiro, os preços acompanharam a escalada internacional. Em Maringá/PR, o café arábica tipo 6 subiu 10,26%, alcançando R$ 2.150,00 a saca. Em Araguari/MG, houve valorização de 4,35% (R$ 2.400,00/saca), enquanto no Oeste da Bahia a alta foi de 6,69% (R$ 2.185,00/saca). O café cereja descascado também fechou em alta, chegando a R$ 2.510,00/saca em Varginha/MG. Com informações: Notícias Agrícolas.