A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (21) ter sido surpreendida com o indiciamento por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Segundo a Polícia Federal, Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, teriam atuado junto ao governo dos Estados Unidos para submeter o funcionamento da Suprema Corte brasileira ao “crivo de outro Estado estrangeiro”.
Em nota, os advogados do ex-presidente disseram que os elementos apresentados pela decisão serão esclarecidos no prazo estipulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e ressaltaram que “jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta”.
O indiciamento foi anunciado pela PF na noite de quarta-feira (20), após a análise de mensagens e áudios encontrados no celular de Bolsonaro. Nas conversas, ele condiciona a anistia aos condenados pelos atos golpistas à negociação de retirada de tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
Diante das novas evidências, o ministro Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para que a defesa de Bolsonaro esclareça pontos da investigação, incluindo um pedido de asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei, e contatos com o general Braga Netto, com quem o ex-presidente está proibido de se comunicar. Com informações: Agência Brasil.