Os trabalhos da Câmara Federal foram retomados com um clima de tensão que teve Mato Grosso do Sul no centro das atenções. Os deputados federais Camila Jara (PT) e Marcos Pollon (PL) se tornaram protagonistas de episódios de confusão que agora podem resultar em processos e até cassação de mandato.
Marcos Pollon é acusado por deputados governistas de se recusar a deixar a cadeira da mesa diretora durante a sessão, ato que motivou um pedido de suspensão de seis meses para ele e outros cinco parlamentares: Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel van Hattem (PL-RS), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Zé Trovão (PL-SC).
Já Camila Jara enfrenta acusação do Partido Liberal, que alega que ela teria agredido o deputado Nikolas Ferreira (PL) com um golpe na região íntima, derrubando-o ao chão. A parlamentar nega e afirma que solicitou apoio da Polícia Legislativa e da Polícia de Mato Grosso do Sul após receber ameaças de morte nas redes sociais.
O cenário ganha peso político com a recente decisão do Conselho de Ética, que aprovou a representação para cassar o mandato de Glauber Braga (PSOL), acusado de agredir um integrante do MBL durante manifestação na Casa. O caso agora vai ao plenário, onde são necessários 257 votos para confirmar a perda do mandato.
Os processos contra Camila Jara e Marcos Pollon, caso sejam instaurados, seguirão trâmite semelhante: relatoria definida pelo presidente da Câmara, análise no Conselho de Ética e, se houver parecer pela cassação, julgamento final em plenário. Com informações: INVESTIGAMS.