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Trio de vigilantes é denunciado por espancar até a morte homem em situação de rua em Curitiba

Câmeras flagraram agressões brutais com barra de metal e martelo; defesa nega as acusações e alega versão parcial dos fatos.
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Policial civil armado ao lado de viatura durante apuração do caso; uma testemunha foi ameaçada por um dos acusados, segundo a investigação. (Foto: Fábio Dias/EPR). Por: Editorial | 07/08/2025 15:52

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou três vigilantes acusados de matar um homem em situação de rua após uma sequência de agressões violentas registradas por câmeras de segurança em um posto de combustível de Curitiba. O crime ocorreu na noite de 26 de junho.

De acordo com a Polícia Civil do Paraná (PCPR), a vítima discutiu com os vigilantes, supostamente utilizando palavrões contra o grupo. Em seguida, os homens teriam iniciado uma sessão de espancamento que durou cerca de 15 minutos, segundo as imagens analisadas. A vítima foi atingida com barra de metal, martelo e cassetete, com golpes concentrados na cabeça, o que provocou ferimentos tão graves que deixaram a caixa craniana exposta.

As investigações apontam ainda que, após o crime, os vigilantes teriam alterado a cena, lavando o local e os objetos usados nas agressões. Um deles também teria ameaçado uma testemunha, dizendo frases como “quem é X9 sabe como morre” e “você não tem medo de morrer?”.

O MP denunciou os três vigilantes por homicídio qualificado — por motivo fútil, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima — e fraude processual. Um deles também foi denunciado por coação no curso do processo. O órgão pediu a manutenção da prisão preventiva de todos os acusados.

A defesa dos vigilantes, representada pelo advogado Junior Ribeiro, nega todas as acusações. Segundo ele, os fatos descritos na denúncia “não retratam a realidade” e serão contestados durante o processo. Ribeiro também argumenta que é necessário considerar o contexto completo do ocorrido, e não apenas “recortes de imagens ou versões parciais”.

Os réus alegam que não houve intenção de matar e refutam as qualificadoras atribuídas. Também negam qualquer tentativa de atrapalhar as investigações ou ameaçar testemunhas. A defesa afirma confiar que a verdade será esclarecida ao longo do processo judicial. Com informações: Folha de Dourados.




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