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Hoje é Sábado, 27 de Dezembro de 2025.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou três vigilantes acusados de matar um homem em situação de rua após uma sequência de agressões violentas registradas por câmeras de segurança em um posto de combustível de Curitiba. O crime ocorreu na noite de 26 de junho.
De acordo com a Polícia Civil do Paraná (PCPR), a vítima discutiu com os vigilantes, supostamente utilizando palavrões contra o grupo. Em seguida, os homens teriam iniciado uma sessão de espancamento que durou cerca de 15 minutos, segundo as imagens analisadas. A vítima foi atingida com barra de metal, martelo e cassetete, com golpes concentrados na cabeça, o que provocou ferimentos tão graves que deixaram a caixa craniana exposta.
As investigações apontam ainda que, após o crime, os vigilantes teriam alterado a cena, lavando o local e os objetos usados nas agressões. Um deles também teria ameaçado uma testemunha, dizendo frases como “quem é X9 sabe como morre” e “você não tem medo de morrer?”.
O MP denunciou os três vigilantes por homicídio qualificado — por motivo fútil, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima — e fraude processual. Um deles também foi denunciado por coação no curso do processo. O órgão pediu a manutenção da prisão preventiva de todos os acusados.
A defesa dos vigilantes, representada pelo advogado Junior Ribeiro, nega todas as acusações. Segundo ele, os fatos descritos na denúncia “não retratam a realidade” e serão contestados durante o processo. Ribeiro também argumenta que é necessário considerar o contexto completo do ocorrido, e não apenas “recortes de imagens ou versões parciais”.
Os réus alegam que não houve intenção de matar e refutam as qualificadoras atribuídas. Também negam qualquer tentativa de atrapalhar as investigações ou ameaçar testemunhas. A defesa afirma confiar que a verdade será esclarecida ao longo do processo judicial. Com informações: Folha de Dourados.
