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Mulher finge pedir "dipirona" ao 190 e é salva de agressão em Campo Grande

Ligação silenciosa durante situação de violência doméstica mobilizou ação rápida da Polícia Militar; caso foi divulgado como exemplo durante a campanha Agosto Lilás.
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Polícia Militar reforça que denúncias de violência doméstica podem ser feitas de forma anônima pelo 190, mesmo com sinais sutis. (Imagem ilustrativa). Por: Editorial | 06/08/2025 08:27

Uma mulher foi resgatada de uma situação de violência doméstica no último sábado (2), em Campo Grande (MS), após conseguir pedir ajuda de maneira discreta à Polícia Militar. A vítima, cuja identidade foi preservada por questões de segurança, ligou para o número de emergência 190 fingindo solicitar "dipirona", medicamento analgésico, como forma de despistar o agressor que estava presente no momento.

Segundo divulgado pela corporação nesta terça-feira (5), durante ações da campanha Agosto Lilás — voltada ao combate à violência contra a mulher —, a estratégia silenciosa foi compreendida pelo atendente, que passou a fazer perguntas disfarçadas. Utilizando termos codificados, como “30 gramas de dipirona”, a mulher indicou o grau de risco a que estava submetida. Com respostas curtas como “sim” e “não”, ela confirmou a presença e a agressividade do agressor, além de relatar abusos de forma velada.

A rápida percepção da situação permitiu que uma equipe da PM fosse deslocada imediatamente ao local, resultando na prisão em flagrante do agressor e na retirada segura da vítima. Dias depois, ela voltou a ligar para o Copom — desta vez para agradecer: “Foi um atendimento muito rápido, e muito obrigado por tudo”, disse emocionada.

A Polícia Militar reforçou que o número 190 está disponível para denúncias e pedidos de socorro mesmo de forma anônima ou indireta. Já o Disque 180 oferece suporte psicológico, orientação e encaminhamento jurídico para vítimas.

De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, mais de 15 mil chamadas relacionadas à violência doméstica foram registradas em 2023 em Campo Grande. No entanto, menos da metade resultou em boletins de ocorrência, o que evidencia os obstáculos enfrentados pelas vítimas para formalizar denúncias.

O caso divulgado nesta semana destaca como criatividade e coragem podem salvar vidas — e como a escuta atenta e sensível dos profissionais de segurança pública pode fazer a diferença. Com informações: Folha de Campo Grande.




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