Ovando critica prisão de Bolsonaro e diz que decisão do STF é “vingança” de Moraes

Em coletiva no Congresso, deputado federal do PP-MS acusa ministro do STF de romper com o devido processo legal e alerta para uso político das instituições.

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Deputado Dr. Luiz Ovando (PP-MS) durante entrevista coletiva no Congresso Nacional, onde criticou decisão do STF sobre prisão domiciliar de Bolsonaro. Foto: Divulgação. Por: Editorial | 06/08/2025 07:56

Durante entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (5), no Congresso Nacional, o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP-MS) fez duras críticas à decisão do Supremo Tribunal Federal que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para o parlamentar, a medida representa um ato de "vingança" do ministro Alexandre de Moraes e "uma afronta aos princípios constitucionais".

“Ele tem atentado contra a verdadeira justiça. A manifestação do ministro não passa de vingança”, declarou Ovando, que classificou a decisão como uma ruptura do devido processo legal. “Não houve julgamento, não houve defesa, não há crime comprovado. Isso é a utilização do Judiciário para silenciar uma liderança popular”, afirmou.

Ovando também apontou o que considera um uso político das instituições judiciais. “Autorizações judiciais motivadas por motivações emocionais fragilizam a democracia e comprometem a credibilidade do sistema judicial”, acrescentou.

Pelas redes sociais, o deputado reforçou sua defesa de três pautas que, segundo ele, são essenciais para restabelecer o equilíbrio entre os poderes: o fim do foro privilegiado, a anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro — que ele chama de “presos políticos” — e o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

“O Congresso precisa votar questões como a anistia. É um passo necessário para que a justiça volte a prevalecer neste país”, pontuou o parlamentar sul-mato-grossense.

Ovando também cobrou uma postura mais firme dos demais poderes. “É fundamental que o Executivo, a Câmara e o Senado assumam posição clara diante do atual cenário. Não se pacifica um país com abusos, mas com respeito às leis e à harmonia entre os poderes”, finalizou.

A fala do deputado ocorre em um momento de mobilização entre parlamentares da oposição, que prometem intensificar a pressão sobre o Supremo. A expectativa é que os desdobramentos jurídicos e políticos influenciem diretamente no cenário eleitoral de 2026. Com informações: Assessoria.