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Adolescentes são apreendidas por agressão brutal a colega em escola de Alto Araguaia

Grupo formado por alunas com estrutura semelhante à de facção espancou estudante dentro de sala de aula; três vão cumprir internação provisória em Cuiabá.
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Vídeo desfocado registra o momento em que aluna é espancada por colegas dentro de sala de aula em escola estadual de Alto Araguaia (Foto: Reprodução). Por: Editorial | 06/08/2025 07:42

A Polícia Civil de Mato Grosso concluiu o inquérito sobre a agressão brutal sofrida por uma aluna em uma escola estadual de Alto Araguaia, na última segunda-feira (4). Três adolescentes envolvidas foram apreendidas e encaminhadas ao sistema socioeducativo em Cuiabá, após a Justiça autorizar mandados de busca e apreensão. Uma quarta agressora, por ter apenas 11 anos na data dos fatos, não pode ser internada.

As investigações começaram imediatamente após a circulação de um vídeo que mostra a vítima, ajoelhada e com o rosto voltado para a parede, sendo agredida por quatro adolescentes com tapas, socos, chutes e até um pedaço de pau. A gravação gerou grande repercussão nas redes sociais e indignação na comunidade escolar.

De acordo com a Polícia Civil, as adolescentes confessaram o crime e admitiram que outras quatro colegas já haviam sido espancadas anteriormente pelo mesmo grupo. Os depoimentos revelaram que as agressoras seguiam um código interno com regras e punições, em estrutura semelhante à de facções criminosas. A vítima teria sido agredida por supostamente desobedecer uma dessas normas e foi obrigada a não demonstrar dor, sob ameaça de novas agressões.

Ao todo, cerca de dez pessoas foram ouvidas durante a apuração, incluindo as autoras, a vítima, familiares e representantes da escola. Com base nas provas, o grupo foi indiciado por atos infracionais análogos aos crimes de tortura e associação criminosa. O relatório foi encaminhado ao Ministério Público, que recomendou a internação provisória das agressoras.

O delegado Marcos Paulo Oliveira, responsável pelo caso, criticou o que chamou de "bandidolatria" entre os jovens e disse que o grupo se inspirava em facções criminosas. Segundo ele, uma das agressoras já havia sido conduzida anteriormente à delegacia por associação com adultos ligados ao tráfico de drogas.

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) divulgou nota afirmando que acompanha o caso com rigor e que equipes gestora e psicossocial foram mobilizadas para atender os envolvidos. A direção da escola poderá responder por eventual omissão na segurança dos estudantes.

Pais, alunos e representantes da comunidade exigem reforço na segurança, ações educativas contra a violência e punições exemplares. O episódio levantou um alerta sobre a escalada da violência organizada em ambiente escolar e a necessidade urgente de medidas preventivas e educativas. Com informações: Primeira Página.




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