O Dia Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, celebrado em 30 de julho, ganha cada vez mais relevância em Mato Grosso do Sul com ações de conscientização, prevenção e enfrentamento ao crime. A data foi instituída pela Lei 6.083/2023, de autoria do deputado estadual Gerson Claro que também criou a Campanha Coração Azul, realizada na última semana de julho em sintonia com as mobilizações nacionais e internacionais.
“O tráfico de pessoas é um crime silencioso, cruel e bilionário, que destrói vidas e famílias. E infelizmente, ele se modernizou com o uso da internet. Hoje, os aliciadores agem nas redes sociais, disfarçados de ofertantes de oportunidades. Por isso, é fundamental alertar nossa população, especialmente os jovens, sobre os riscos e armadilhas do ambiente virtual”, destaca o deputado Gerson Claro.
Segundo dados da SaferNet Brasil, o número de denúncias de conteúdo suspeito de tráfico de pessoas na internet cresceu 152% entre 2022 e 2024 em comparação ao triênio anterior. O uso de redes sociais para aliciamento de vítimas é crescente, sendo apontado por mais da metade dos casos de tráfico com fins de exploração sexual, e também relevante em casos de trabalho análogo à escravidão.
Para o parlamentar, a criação de uma data estadual é um marco na mobilização da sociedade sul-mato-grossense. “A Assembleia Legislativa tem ampliado o compromisso no enfrentamento ao tráfico de pessoas. A criação da Campanha Coração Azul em Mato Grosso do Sul é um passo importante para dar visibilidade ao problema e fortalecer ações integradas de prevenção, repressão e assistência às vítimas”, afirma Gerson Claro.
Além da legislação aprovada, Mato Grosso do Sul também passou a contar com o Núcleo Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP/MS), vinculado à Defensoria Pública e ao Ministério da Justiça, atuando de forma coordenada em todo o estado. O NETP reforça o tripé essencial do enfrentamento: prevenção, assistência e repressão.
O deputado destaca ainda a importância da denúncia como instrumento de proteção. “A denúncia é o primeiro passo para quebrar o ciclo do tráfico. É possível denunciar anonimamente pelo Disque 100, Disque 180 ou pelo site denuncie.org.br. Nenhuma suspeita deve ser ignorada”, conclui.