“A democracia só é real quando todas as mulheres são contempladas plenamente.” A frase da presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), Maria Bárbara Araújo do Nascimento, marcou a abertura da 1ª Conferência Regional de Políticas para as Mulheres – Região Bolsão, realizada nesta sexta-feira (25) no auditório da UFMS, em Três Lagoas. O encontro reuniu representantes de 11 municípios com o propósito de construir propostas integradas que fortaleçam os direitos das mulheres e ampliem o alcance das políticas públicas voltadas à equidade de gênero.
Com o tema “Mais Democracia, Mais Igualdade e Mais Conquistas para Todas”, a conferência foi organizada pelo CMDM em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social. O evento também foi espaço para discussões sobre enfrentamento às violências, participação política e autonomia econômica.
Durante a abertura, Maria Bárbara reforçou o espírito coletivo e combativo do evento. “Essa conferência não é apenas um evento bonito, é um ato de resistência”, afirmou.
Presente no evento, o prefeito de Três Lagoas, Dr. Cassiano Maia, destacou avanços como a criação da Procuradoria da Mulher e o fortalecimento de ações voltadas à segurança e inclusão feminina. A vice-prefeita e secretária de Assistência Social, Vera Helena Arsioli, lembrou da reestruturação do CRAM e da integração entre os órgãos públicos para o atendimento de vítimas de violência.
A vereadora Evalda Reis citou o projeto Dossiê das Mulheres de Três Lagoas, que visa mapear casos de violência e embasar políticas públicas efetivas: “Não é só estartar políticas no papel. O importante é concretizar.”
Os debates se dividiram em três eixos temáticos: participação política e democracia; autonomia econômica e mundo do trabalho; e enfrentamento às violências. As propostas construídas por mulheres da sociedade civil e do poder público vão subsidiar novas ações regionais de proteção e inclusão.
Além disso, a conferência reforçou seu compromisso com a diversidade e a representatividade, acolhendo mulheres negras, indígenas, com deficiência, LGBTQIAPN+, migrantes e moradoras da zona rural, em um espaço de escuta segura e transformação coletiva. Com informações: Hoje mais.