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Estratégia econômica de Trump: tarifas de 50% para 'inimigos' dos EUA

Presidente dos Estados Unidos discursou durante evento em Washington, na noite desta quarta-feira (23). Brasil está entre os países taxados em 50%.
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O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa sobre inteligência artificial durante a cúpula "Winning the AI Race", em Washington D.C., em 23 de julho de 2025 — Foto: REUTERS/Kent Nishimura Por: Editorial | 23/07/2025 22:44

Washington D.C. – Em um movimento que reacende as tensões comerciais globais, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 50% sobre produtos importados de países com os quais o relacionamento bilateral é considerado insatisfatório. Embora o Brasil não tenha sido explicitamente nomeado no discurso de Trump, a medida afeta diretamente o país, que já havia sido notificado sobre a elevação das taxas.

No início de julho, uma carta assinada por Trump e endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva detalhava a intenção de aplicar uma tarifa de 50% a todas as importações brasileiras. A justificativa apresentada na época mesclava argumentos comerciais com acusações políticas, apontando para supostas interferências na liberdade de expressão e ataques a eleições livres.

Durante um evento em Washington D.C. nesta quinta-feira, Trump reiterou sua estratégia de usar tarifas como ferramenta de pressão para forçar a abertura de mercados estrangeiros. "Em alguns casos, é 50% porque o relacionamento não tem sido bom com esses países. Então apenas dissemos: ‘vão pagar 50’. E é isso", declarou o ex-presidente.

Histórico de Tarifas e a Lista de Afetados

Em abril, Trump já havia implementado o que ficou conhecido como o "tarifaço", uma série de tarifas recíprocas que, na ocasião, taxaram o Brasil em 10%. A nova rodada de sanções, com vigência a partir de 1º de agosto, eleva significativamente essa porcentagem e inclui uma vasta lista de nações:

•África do Sul: 30%

•Argélia: 30%

•Bangladesh: 35%

•Bósnia e Herzegovina: 30%

•Brasil: 50%

•Brunei: 25%

•Camboja: 36%

•Canadá: 35%

•Cazaquistão: 25%

•Coreia do Sul: 25%

•Filipinas: 20%

•Indonésia: 32%

•Iraque: 30%

•Japão: 25%

•Laos: 40%

•Líbia: 30%

•Malásia: 25%

•México: 30%

•Mianmar: 40%

•Moldávia: 25%

•Sérvia: 35%

•Sri Lanka: 30%

•Tailândia: 36%

•Tunísia: 25%

•União Europeia: 30%

As Justificativas de Trump e a Reação Brasileira

Ao justificar a tarifa de 50% ao Brasil, Trump alegou que a decisão foi motivada, em parte, por "ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos". Ele citou o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, acusando-o de emitir "centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS a plataformas de mídia social dos EUA".

Além disso, o ex-presidente americano mencionou Jair Bolsonaro, referindo-se ao ex-presidente como alvo de uma "caça às bruxas", e criticou a relação comercial entre os dois países, classificando-a como "injusta" e "longe de ser recíproca".

Contrariando a narrativa de Trump, dados do Ministério do Desenvolvimento indicam que o Brasil tem acumulado déficits comerciais com os EUA desde 2009, totalizando US88,61bilho~es(aproximadamenteR 88,61 bilhões (aproximadamente R$ 88,61bilhões (aproximadamente R$ 484 bilhões) em importações americanas que superaram as exportações brasileiras.

Diante da medida, o governo brasileiro tem se reunido com empresários para avaliar as possíveis reações. O presidente Lula, que já havia criticado Trump em diversas ocasiões, afirmou que o ex-presidente americano "não foi eleito para ser o imperador do mundo", demonstrando a postura de resistência do Brasil frente às novas tarifas. Com informações G1 Mundo




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