O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) manifestou neste domingo (20) sua intenção de trabalhar pela remoção do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita durante uma transmissão ao vivo em seu canal no YouTube, no mesmo dia em que se encerrava sua licença parlamentar de 120 dias.
Eduardo Bolsonaro criticou a atuação de Moraes no STF, afirmando que a prerrogativa da corte estaria sendo utilizada de forma inadequada. O parlamentar expressou sua disposição em se dedicar a essa iniciativa, que, segundo ele, visa a saída do ministro da Suprema Corte.
"É necessário evidenciar a forma como Moraes tem utilizado a prerrogativa do STF. O ideal seria sua saída do STF. Trabalharei para isso, Moraes", declarou o deputado.
Bolsonaro também fez referência à revogação de seu visto diplomático pelos Estados Unidos, um evento que ocorreu após investigações do Supremo envolvendo ele e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele indicou que esse episódio seria o início de um movimento em relação ao ministro.
"Quando mencionamos que a questão do visto foi apenas o começo, é porque nosso objetivo é que você deixe a corte. Consideramos que você não é adequado para ocupar uma posição de destaque no Poder Judiciário e estou disposto a me empenhar para que essa ação avance."
Durante a transmissão, Eduardo Bolsonaro comentou sobre a possibilidade de ser alvo de investigações, sugerindo que Moraes poderia envolver autoridades internacionais: "Caso haja discordância, inclua o Trump na investigação. Inclua nossa equipe aqui, como Marco Rubio, e solicite que a Interpol nos procure."
O deputado concluiu suas observações sobre o ministro, sugerindo que Alexandre de Moraes já teria enfrentado questionamentos por parte dos Estados Unidos: "A razão pela qual você não agirá, Alexandre, é porque você já foi confrontado pela Interpol. Ou, mais precisamente, pelos Estados Unidos."
Na mesma transmissão ao vivo, Eduardo Bolsonaro fez comentários direcionados a membros da Polícia Federal (PF). O parlamentar mencionou especificamente o delegado Fábio Alvarez Shor, responsável por investigações relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Para os membros da Polícia Federal que estão acompanhando, se eu souber quem você é... Eu agirei. Pergunte ao delegado Fábio Alvarez Shor se ele nos conhece", afirmou.
Com o término de sua licença, Eduardo Bolsonaro passará a registrar faltas não justificadas caso não retorne ao Brasil. Para manter seu mandato, o parlamentar não pode exceder um terço de faltas nas sessões do plenário da Câmara. Com nformações CNN