A Petrobras pretende intensificar as exportações de combustíveis para países da Ásia após a imposição de uma tarifa de 50% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, anunciada pelo presidente americano Donald Trump, já afeta diversos setores exportadores e representa um desafio para a estatal, cuja dependência do mercado norte-americano é significativa.
Atualmente, os EUA são destino de 37% das exportações de derivados da Petrobras, como gasolina e diesel. Diante do cenário, a companhia pretende reforçar sua atuação com países asiáticos, com destaque para Cingapura, que já lidera os embarques da empresa com 53% do volume. A avaliação interna é de que haverá espaço no mercado internacional, especialmente com o início dos estoques de inverno no Hemisfério Norte.
Fontes ligadas à Petrobras informam que, embora a perda do mercado americano não seja desprezível, a estatal não encara a situação com grande alarme. A diversificação de destinos e o fortalecimento das parcerias asiáticas são considerados estratégicos neste momento.
No caso do petróleo bruto, os embarques para os Estados Unidos representam apenas 4% do total. A China lidera como maior compradora, com 36%, seguida pela Europa (27%) e outros países asiáticos (33%).
A Petrobras não se pronunciou oficialmente sobre o tema. Em nota, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) defendeu o diálogo entre os governos do Brasil e dos EUA para buscar uma solução diplomática e preservar as relações comerciais entre os dois países. Com informações: O Globo.