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Hoje é Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2025.
Um jovem de 24 anos foi indiciado pela Polícia Civil de Mato Grosso por criar e divulgar imagens íntimas falsas de uma adolescente de 15 anos, utilizando inteligência artificial (IA) para produzir os chamados deepfakes. O crime ocorreu no município de Confresa, a 1.160 km da capital, Cuiabá.
De acordo com as investigações, o suspeito utilizava programas de IA para gerar montagens pornográficas com o rosto da vítima, técnica que manipula fotos e vídeos para criar situações fictícias. Além de produzir o material, o homem monitorava os locais frequentados pela adolescente, aumentando o constrangimento sofrido por ela.
O inquérito policial foi aberto após a família da vítima registrar a ocorrência. Durante uma busca e apreensão realizada em fevereiro deste ano, a polícia encontrou celulares, dispositivos de armazenamento e documentos que comprovaram a autoria do crime. Nos aparelhos do acusado, foram identificadas as montagens e mensagens direcionadas ao padrasto da adolescente.
O caso reforça os riscos do uso criminoso de tecnologias de manipulação de imagens, que têm se tornado uma ferramenta para crimes de pornografia não consensual e assédio virtual. A Polícia Civil destacou a gravidade da conduta, que pode enquadrar o suspeito em crimes como violação de intimidade, difamação e posse ou divulgação de material pornográfico envolvendo menor.
O indiciamento é a primeira etapa do processo, e o acusado poderá responder criminalmente pelos atos. Autoridades alertam para a importância de denunciar casos de exposição íntima não autorizada, seja de imagens reais ou manipuladas. Com informações: Cenário MT.
