O tenente-coronel Mauro Cid foi ouvido nesta segunda-feira (14) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na condição de informante do juízo, em três ações penais relacionadas à tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Os processos integram os chamados Núcleos 2, 3 e 4 e reúnem mais de 30 réus, incluindo militares da ativa e da reserva, além de ex-assessores do governo federal.
Cid, que firmou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), prestou depoimento por pouco mais de seis horas por videoconferência. A audiência foi conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator das ações no STF, e acompanhada por representantes da PGR e advogados de defesa.
No mesmo dia, também foram ouvidas as testemunhas de acusação indicadas pela PGR: Adiel Pereira Alcântara e Clebson Ferreira de Paula Vieira. O juiz auxiliar Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, do Tribunal de Justiça de São Paulo, atuou na condução das oitivas.
As audiências das testemunhas de defesa começaram nesta terça-feira (15) e devem se estender até o dia 23 de julho. Os depoimentos do Núcleo 2 acontecem entre 15 e 21 de julho; os do Núcleo 3, de 21 a 23; e os do Núcleo 4, entre 15 e 16.
Entre os réus estão ex-diretores da Polícia Federal, militares de alta patente e ex-assessores da Presidência da República. Todos respondem por crimes como tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
As audiências são realizadas por videoconferência a partir do anexo do edifício-sede do STF, em Brasília. Com informações: STF.