| Hoje é Segunda-feira, 14 de Julho de 2025.

Mercado do boi gordo fecha semana em queda com pressão de tarifas dos EUA

Frigoríficos suspendem compras diante de possível taxação de 50% nas exportações brasileiras; arroba recua nas principais praças do país.
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Exportações ameaçadas: arroba do boi gordo recua em São Paulo, Goiás, Minas e MS após anúncio de tarifa dos EUA. Foto: Reprodução/Agrodefesa Por: Editorial | 14/07/2025 07:05

O mercado físico do boi gordo encerrou a semana pressionado pela ausência dos frigoríficos nas negociações, em meio ao cenário de incerteza com a possível imposição de uma tarifa adicional de 50% pelos Estados Unidos sobre a carne bovina brasileira, prevista para entrar em vigor a partir de 1º de agosto.

Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o anúncio da medida gerou forte movimento de queda no mercado futuro, especialmente na quinta-feira (10). Os Estados Unidos têm participação significativa nas exportações brasileiras de carne bovina, respondendo por cerca de 15% das vendas nacionais em 2025.

“Diante do aumento da tarifação, o Brasil perderá competitividade em relação a países como Austrália, Argentina e Uruguai. Se não houver uma reversão até o fim do mês, é provável que percamos espaço no mercado norte-americano”, alerta Iglesias.

Arroba recua nas principais praças

Em 11 de julho, os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo registraram retração nas principais praças de comercialização em relação à semana anterior:

  • São Paulo (Capital): R$ 300, queda de 3,23% frente aos R$ 310

  • Goiás (Goiânia): R$ 290, recuo de 1,69% ante os R$ 295

  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 295, baixa de 1,67% frente aos R$ 300

  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 305, queda de 1,61% ante os R$ 310

  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 315, estável

  • Rondônia (Vilhena): R$ 275, inalterado

Atacado com preços mistos

No mercado atacadista, os preços apresentaram variação mista ao longo da semana. Conforme avaliação de Iglesias, o cenário sugere algum espaço para reajustes no início da quinzena, período que tradicionalmente registra maior demanda por proteína bovina.

A expectativa do setor é que, com o avanço das discussões diplomáticas e comerciais, o Brasil consiga reverter ou mitigar os efeitos das novas tarifas e retomar o ritmo das exportações ao mercado norte-americano. Redação com informações: Canal Rural.




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