Uma crise diplomática de grandes proporções está oficialmente instalada entre Brasil e Estados Unidos. O Ministério das Relações Exteriores confirmou, com indignação, que o governo do presidente norte-americano Donald Trump anunciou um tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros exportados aos EUA. A medida foi recebida pelo Itamaraty como uma tentativa de interferência direta nos assuntos internos do Brasil e provocou resposta imediata.
“Trump está querendo entrar na campanha eleitoral brasileira com ameaças”, disse uma fonte do alto escalão do Itamaraty. Como gesto simbólico de protesto, o governo brasileiro devolveu a carta enviada por Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia sido publicada nas redes sociais do mandatário americano.
O encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar — que responde pela representação diplomática norte-americana desde que Trump reassumiu seu segundo mandato, sem indicar novo embaixador — foi convocado duas vezes nesta quinta-feira (10) pelo Ministério das Relações Exteriores.
O presidente Lula também reagiu com firmeza. Em reunião com o ministro das Comunicações, Sidônio Palmeira, discutiu uma nova estratégia de comunicação e reforçou que o Brasil irá responder com a aplicação da lei de reciprocidade. “Trump mexeu com o país errado. Neste aqui mandamos nós!”, afirmou a mesma fonte ligada ao governo.
A diplomacia brasileira destaca que, até então, as negociações sobre tarifas eram conduzidas com base técnica e profissionalismo. “Trump resolveu politizar o processo e usar tarifas como armas de confronto ideológico”, completou um diplomata.
A crise amplia o distanciamento entre os dois países e inaugura um novo momento de tensão na política externa brasileira, às vésperas de um ano eleitoral marcado por instabilidade e disputas acirradas. Redação com informações: Folha CG.