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Hoje é Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2025.
Em uma ofensiva sem precedentes contra o narcotráfico, Brasil e Paraguai encerraram nesta semana a 51ª fase da Operação Nova Aliança com resultados expressivos: cerca de 1 milhão de quilos de maconha foram destruídos em plantações ilegais localizadas em áreas rurais e reservas protegidas da fronteira entre os dois países.
A ação, realizada em 12 dias, teve como foco regiões de floresta nos departamentos paraguaios de Capitán Bado, Amambay e Canindeyú, incluindo a Reserva Natural de Mbaracayú. No total, foram erradicados 336 hectares de lavouras de maconha, além da incineração de 62 mil quilos da droga já colhida e processada.
Segundo a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad), 90% da produção nacional de maconha tem como destino o Brasil. Com apoio logístico da Polícia Federal brasileira — que forneceu helicópteros e tecnologia de rastreamento — os agentes paraguaios atuaram diretamente no terreno, destruindo 122 acampamentos utilizados pelo tráfico.
O ministro da Senad, Jalil Rachid, destacou a importância da cooperação entre os países. “A erradicação do cultivo ilícito, especialmente em reservas florestais, é estratégica. Essa parceria permite interromper o ciclo do tráfico antes que a droga chegue ao seu destino final”, afirmou.
A operação causou um prejuízo estimado em US$ 30 milhões ao crime organizado. O presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteira, Luciano Barros, alertou para o impacto que essa droga poderia ter caso chegasse às mãos de facções criminosas no Brasil. “Seria um impulso significativo ao poder financeiro do crime”, disse.
A Operação Nova Aliança é considerada uma das mais eficazes no combate ao narcotráfico em nível mundial. Em 11 anos de atuação conjunta, mais de 40 mil toneladas de maconha já foram destruídas. A 51ª fase representa o maior impacto já registrado em curto prazo, de acordo com a Senad.
Além de atacar a produção e a logística do tráfico, a ação reforça o compromisso dos dois países com a proteção ambiental, impedindo que áreas preservadas continuem sendo exploradas ilegalmente por organizações criminosas. Redação com informações: G1.
