A imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo governo dos Estados Unidos, sob a gestão de Donald Trump, provocou forte reação do setor agropecuário nacional. Entidades ligadas à exportação de alimentos e à produção rural afirmam que a medida inviabiliza vendas para o mercado norte-americano e coloca em risco a competitividade da economia brasileira.
Para a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o novo imposto torna o custo da carne brasileira praticamente insustentável no mercado norte-americano. A entidade reforçou que barreiras comerciais não devem ser usadas como instrumentos de pressão geopolítica.
“A Abiec reforça a importância de que questões geopolíticas não se transformem em barreiras ao abastecimento global e à segurança alimentar. O cenário atual exige cooperação e estabilidade entre os países”, afirmou a associação em nota. A entidade também se declarou disposta a participar de negociações diplomáticas para reverter a medida.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que representa a bancada ruralista no Congresso, também se manifestou. Em comunicado, destacou que a medida compromete diretamente o agronegócio brasileiro e pode gerar efeitos negativos em cadeia, como a desvalorização cambial e o encarecimento de insumos importados.
“A nova alíquota atinge o agronegócio nacional em cheio. É hora de uma resposta estratégica, com cautela e presença ativa do Brasil nas negociações bilaterais”, afirma o texto da FPA, que defende uma atuação firme da diplomacia brasileira para preservar os laços comerciais e minimizar os danos econômicos.
As entidades apontam que a decisão de Trump pode impactar desde grandes exportadores até produtores familiares, especialmente em estados com forte vocação agrícola. Com o agravamento das tensões comerciais, o setor aguarda uma mobilização efetiva do governo brasileiro para conter os prejuízos e buscar alternativas de mercado. Redação com informações: Canal Rural.