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Pecuaristas apostam no Guzerá e cruzamentos inovadores para produzir carne premium

Zootecnista explica como combinar genética zebuína e taurina para atingir marmoreio grill e acessar mercados gourmet.
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Gado Guzerá em manejo nutricional controlado: cruzamentos estratégicos com taurinos visam carne mais macia e marmorizada. Por: Editorial | 09/07/2025 14:19

A crescente demanda por carne de alta qualidade está transformando a forma como muitos pecuaristas brasileiros planejam seus rebanhos. No centro dessa transformação está a raça zebuína Guzerá, tradicionalmente conhecida por sua rusticidade e resistência, mas agora integrada a estratégias de cruzamentos voltadas à produção de carne premium.

No quadro “Giro do Boi Responde”, o zootecnista Alexandre Zadra, especialista em genética e cruzamento industrial, respondeu a uma dúvida enviada por Valdeir Ferreira, produtor de Patrocínio (MG). A pergunta: como produzir carne de qualidade superior a partir de matrizes Guzerá, sem depender exclusivamente do cruzamento com Angus?

Zadra reconheceu o Angus como referência em marmoreio e maciez, mas destacou que outras raças taurinas — inclusive asiáticas — podem contribuir ainda mais para a qualidade da carcaça. Wagyu e Akaushi, por exemplo, têm se mostrado excelentes opções para quem deseja alcançar o chamado “marmoreio grill”, caracterizado pela gordura entremeada visível e sabor diferenciado.

A chave do sucesso, segundo o especialista, está na combinação entre boa genética e manejo nutricional adequado. Matrizes meio-sangue Angus, resultado do cruzamento inicial entre Guzerá e Angus, são consideradas ideais para gerar animais de alta performance e qualidade superior. Para Zadra, essas fêmeas são verdadeiras “rainhas da pecuária”, com grande fertilidade, precocidade e valor de abate.

Além da genética, o planejamento nutricional é decisivo. A alimentação de precisão, com fornecimento energético prolongado, é fundamental para expressar o potencial de marmoreio. O tempo de confinamento também influencia diretamente o resultado final na carcaça.

Raças como Wagyu e Akaushi, além da excelente qualidade de carne, apresentam boa adaptação ao frio e respondem positivamente ao manejo intensivo, mesmo sem necessidade de conforto térmico extra. Isso torna o sistema mais eficiente e sustentável.

Com essa estratégia, o pecuarista pode conquistar nichos gourmet e programas certificados de carne premium, agregando valor ao rebanho sem abrir mão da rusticidade e da adaptabilidade oferecidas pelo Guzerá. A inovação nos cruzamentos se consolida, assim, como uma oportunidade promissora para quem busca rentabilidade e diferenciação na pecuária de corte. Redação com informações: Canal Rural.




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