A semana começou com forte baixa nos preços da soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 7h10 (horário de Brasília) desta segunda-feira (7), os contratos futuros da oleaginosa registravam quedas entre 17 e 21,50 pontos. O vencimento de julho recuava para US$ 10,39 por bushel, setembro caía para US$ 10,20 e novembro — referência para a safra americana — operava a US$ 10,28.
A queda acompanha uma movimentação negativa generalizada entre as commodities agrícolas. O milho recuava quase 3% e o trigo mais de 2%, enquanto os derivados da soja também registravam baixas, com destaque para o farelo, que perdia mais de 1,55% no início da manhã.
Segundo analistas, o cenário climático favorável nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos e a ausência de avanços no acordo comercial entre China e EUA continuam pesando sobre o mercado.
“O destaque do fim de semana foi a visita do presidente Donald Trump ao estado de Iowa na última sexta-feira, mas sem apresentar novidades quanto às tarifas com a China, o que frustrou as expectativas do mercado”, afirma Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro.
As condições climáticas também influenciam diretamente as expectativas. O final de semana teve chuvas no centro e norte do chamado Corn Belt, enquanto áreas do Leste e do Delta registraram tempo seco. “O clima em junho foi amplamente favorável às lavouras. O milho já está em fase de polinização sem dificuldades. Julho costuma definir a safra de milho, enquanto agosto é decisivo para a soja”, complementa Sousa.
O mercado segue atento ainda à divulgação, nesta semana, do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que pode provocar novas reações nas cotações da CBOT. Com informações: Notícias Agrícolas.