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Preços do açúcar caem na semana, apesar de alta pontual impulsionada por geada no Brasil

Mesmo com avanço de 5% na última sessão em Nova Iorque, mercado segue pressionado por excesso de oferta e demanda enfraquecida; analista destaca tendência de queda desde março.
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Cubos de açúcar refinado: produto sofre oscilação no mercado internacional diante do excesso de oferta e demanda enfraquecida. Foto: Imagem Ilustrativa. Por: Editorial | 05/07/2025 07:35

Os contratos futuros do açúcar fecharam a semana em queda nas principais bolsas internacionais, refletindo um cenário de sobreoferta global e demanda enfraquecida, apesar da valorização registrada na última quinta-feira (4), impulsionada por temores sobre os impactos da geada nos canaviais brasileiros.

Na Bolsa de Nova Iorque, os contratos mais negociados encerraram a semana com perdas próximas a 2%. O vencimento outubro/25 caiu 1,96%, passando de 16,71 para 16,38 cents por libra-peso. Já o março/26 recuou 1,78%, e o maio/26 teve baixa de 1,41%. Em Londres, o açúcar branco também apresentou variações negativas, com queda de até 0,80% no contrato agosto/25.

Mesmo com a alta de 5% registrada na quinta-feira em Nova Iorque, analistas afirmam que o movimento foi pontual e não sinaliza uma reversão da tendência de baixa iniciada em março deste ano. Segundo Mauricio Muruci, analista da Safras & Mercado, o avanço foi impulsionado pelos primeiros sinais concretos dos danos causados pela geada da última semana de junho nas lavouras do Centro-Sul do Brasil.

De acordo com Muruci, a previsão de moagem da safra 2025/26 foi revisada de 608 para 603 milhões de toneladas de cana, agravando a perspectiva de quebra já existente antes da geada. Os primeiros efeitos da frente fria começaram a ser percebidos na última semana, o que gerou reação no mercado internacional.

Apesar disso, o analista reforça que o mercado continua operando sob forte pressão. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou um superavit global de 11 milhões de toneladas para a safra 2025/26, o maior em sete anos. Além disso, as entregas do contrato com vencimento em julho/25 em Nova Iorque somaram apenas 100 mil toneladas — o menor volume em sete anos —, evidenciando a fraca demanda industrial.

Muruci também destacou que a valorização recente inclui um movimento técnico de correção, após quedas acumuladas de cerca de 6,5% nos três primeiros dias da semana. No entanto, o cenário estrutural do mercado segue desfavorável, com tendência de queda no médio prazo. Com informções: Notícas Agrícolas.




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