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Araras-azuis e vermelhas disputam ninho em Bonito e cena inusitada celebra sucesso da conservação

Registro feito na Estância Mimosa mostra o impacto positivo da instalação de ninhos artificiais em parceria com o Instituto Arara Azul.
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Araras-azuis e vermelhas interagem ao redor de ninho artificial na Estância Mimosa, em Bonito (MS). Disputa chama atenção e celebra avanços na conservação. (Foto: Estância Mimosa/Divulgação). Por: Editorial | 04/07/2025 08:16

Um flagrante raro e encantador foi registrado na Estância Mimosa, atrativo de ecoturismo em Bonito (MS): araras-azuis e araras-vermelhas disputando um ninho artificial instalado na área de preservação. A cena, além de bela, revela o êxito de um projeto de conservação que vem transformando a região em um refúgio seguro para diversas espécies da avifauna brasileira.

A iniciativa faz parte da parceria firmada em 2019 entre a Estância Mimosa e o Instituto Arara Azul, comandado pela bióloga Neiva Guedes — referência nacional na proteção da arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus), espécie símbolo da conservação no Brasil.

Segundo a pesquisadora, a disputa é um indicativo positivo da funcionalidade dos ninhos artificiais. “Vejo uma disputa bem acirrada entre as araras-azuis e as vermelhas por cavidade, neste caso, a caixa. Estamos para instalar 11 caixas novas na Estância Mimosa em breve. Isso será bacana porque vai diminuir essa disputa. Elas estão iniciando o período reprodutivo, e cada uma quer a sua casa — ‘minha casa, minha vida’”, comentou Guedes, com bom humor.

A Estância Mimosa, que também é uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), se destaca por unir turismo e sustentabilidade. Suas trilhas, cachoeiras e ações ambientais renderam reconhecimento internacional: foi o primeiro atrativo de ecoturismo do mundo a conquistar o selo Climate Positive, concedido pela Green Initiative, por capturar mais carbono do que emite.

Com o apoio contínuo do Instituto Arara Azul, a propriedade planeja a instalação de mais 11 ninhos artificiais nos próximos meses, ampliando a capacidade de reprodução das aves e contribuindo com o equilíbrio ecológico da região. A parceria reforça a importância da conservação ativa em ambientes turísticos, mostrando que é possível proteger a biodiversidade aliando ciência, natureza e visitação consciente. Com informações: MS do Sul.




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