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Implanon será distribuído pelo SUS a partir do segundo semestre

Método contraceptivo de longa duração terá investimento de R$ 245 milhões e visa ampliar o acesso à saúde reprodutiva, com foco na redução da mortalidade materna.
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Implanon é um pequeno bastonete inserido sob a pele, com eficácia de até três anos. Foto: Divulgação. Por: Editorial | 03/07/2025 13:58

O implante contraceptivo subdérmico Implanon passará a ser oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ainda este ano. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (2), após apresentação da proposta durante reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).

De acordo com a pasta, a medida representa um avanço no acesso a métodos contraceptivos de longa duração e alta eficácia. O Implanon atua no organismo por até três anos sem necessidade de manutenção e, segundo especialistas, é uma das opções mais seguras para o planejamento reprodutivo.

A expectativa é que 1,8 milhão de unidades do dispositivo sejam distribuídas, sendo 500 mil ainda em 2025. O investimento previsto é de aproximadamente R$ 245 milhões. Atualmente, o valor de mercado do produto varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.

A partir da publicação da portaria que oficializa a incorporação — prevista para os próximos dias — o Ministério da Saúde terá 180 dias para operacionalizar a oferta nas unidades básicas de saúde (UBSs). Isso inclui aquisição e logística de distribuição, além da capacitação de médicos e enfermeiros para inserção e retirada do dispositivo.

Além de contribuir para a prevenção da gravidez não planejada, o Implanon é uma ferramenta estratégica no combate à mortalidade materna. A ação integra as metas do Brasil alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, com destaque para a redução da mortalidade geral em 25% e em 50% entre mulheres negras até 2027.

Atualmente, o único método classificado como LARC (contraceptivo reversível de longa duração) ofertado pelo SUS é o DIU de cobre. Com a chegada do Implanon, amplia-se a oferta de métodos que não dependem do uso contínuo ou correto por parte da usuária, como ocorre com anticoncepcionais orais ou injetáveis.

O Ministério da Saúde reforça que, entre todos os contraceptivos disponíveis no SUS, apenas os preservativos — interno e externo — oferecem proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Contraceptivos disponíveis no SUS:

  • Preservativo externo e interno

  • DIU de cobre

  • Anticoncepcional oral combinado

  • Pílula oral de progestagênio

  • Injetáveis hormonais (mensal e trimestral)

  • Laqueadura tubária bilateral

  • Vasectomia

  • Em breve: Implanon (implante subdérmico). Com informações: Agência Brasil.




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