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Falsa estudante de medicina atuava em plantões no Hospital Universitário de Campo Grande

Mulher de 29 anos participou de atendimentos e circulou por setores assistenciais sem matrícula na UFMS; Polícia Civil investiga o caso sob sigilo
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Suspeita de se passar por estudante de medicina posa ao lado de paciente e recém-nascido no Hospital Universitário. Foto: Divulgação Por: Editorial | 03/07/2025 07:04

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul investiga o caso de uma mulher de 29 anos que se passou por estudante de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e frequentou plantões no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande. O caso foi registrado como exercício ilegal da profissão na 5ª Delegacia de Polícia da Capital, na última terça-feira (24), e segue sob sigilo.

Prints de mensagens de um grupo de WhatsApp de acadêmicos de medicina mostram que a mulher esteve presente no setor de pediatria e chegou a participar de atendimentos. Segundo os relatos, ela dizia ter autorização da médica responsável. Em uma das conversas, uma aluna afirma que a falsa estudante chegou a transportar um recém-nascido entre setores e ainda tirou foto com uma paciente que havia acabado de dar à luz.

“Qualquer b.o. que ela se meter pode respingar em todos os acadêmicos, sem contar o risco para os pacientes”, alertou uma das mensagens.

A UFMS confirmou por meio de nota oficial que a mulher não possui matrícula ativa na instituição. “Ao tomar conhecimento de que uma pessoa tem se passado por estudante, a UFMS constatou que não há matrícula no referido nome, o que foi imediatamente informado à Polícia Federal para apuração”, informou a universidade.

O Hospital Universitário também se manifestou, afirmando que, embora a mulher não tenha realizado procedimentos médicos, ela esteve presente em áreas assistenciais. A instituição informou ainda que abriu uma investigação interna e adotou medidas jurídicas e administrativas para impedir o acesso da suspeita às dependências do hospital.

A principal linha de investigação agora tenta esclarecer como a mulher conseguiu acesso à unidade hospitalar e se houve falhas no controle de entrada ou conivência de profissionais. A suspeita ainda não se pronunciou oficialmente, e a reportagem não obteve retorno após tentativas de contato pelas redes sociais.

De acordo com o artigo 282 do Código Penal Brasileiro, o exercício ilegal da medicina é crime punido com detenção de seis meses a dois anos, além de multa. Se for comprovado que houve intenção de lucro ou risco à saúde de pacientes, a pena pode ser agravada, chegando a até quatro anos de prisão.

As autoridades alertam que o caso pode servir de alerta para reforçar os protocolos de segurança e verificação de credenciais em ambientes hospitalares e acadêmicos.

Legenda para foto (caso aplicável):
Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, onde a mulher atuou ilegalmente em plantões médicos.

 

 




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