“Só quem mora no barraco é que sabe o quão difícil é ficar sem alimento.” A frase de Ana Farias Jose, moradora da Aldeia Água Funda, no Jardim Noroeste, em Campo Grande, resume o sentimento de alívio vivido por dezenas de famílias indígenas nesta quarta-feira (25), ao receberem o cartão do programa Mais Social.
Ana vive com a filha e o marido em condições precárias e relembra com angústia os momentos de desespero enfrentados no fim de abril, quando uma forte enxurrada atingiu a comunidade. “Aquela semana foi difícil para todo mundo aqui. A maioria mora em barraquinha e perdeu muita coisa. Nossa vizinha teve que subir os filhos na cama porque a água batia no pé dela”, relata.
Ela foi uma das 23 pessoas contempladas na aldeia pelo programa de segurança alimentar do Governo do Estado, que garante R$ 450 mensais para a compra de alimentos, produtos de higiene e gás de cozinha. A entrega faz parte da busca ativa realizada pela Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), que percorre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul em busca de famílias em extrema pobreza que não recebem benefícios sociais.
Com mais de 4 mil visitas já feitas desde 17 de março, a ação gerou 1.111 novos cartões. O objetivo é ambicioso: fazer de Mato Grosso do Sul o primeiro estado do Brasil a erradicar a extrema pobreza.
Outro exemplo de quem sentiu o impacto positivo do benefício é Suellen Mantovani Valejo. Ela vive com o marido e três filhos pequenos. “Meu esposo trabalha como pedreiro, mas não tem emprego fixo. Agora, com o cartão, dá pra comprar fralda e comida para o nosso bebê”, afirma.
Atualmente, o programa Mais Social atende 38.582 famílias em Mato Grosso do Sul. A busca ativa segue em andamento, com meta de 17 mil visitas. Os agentes do programa estão devidamente identificados com coletes azuis, crachás e tablets para facilitar o pré-cadastro das famílias.Com informações: Agência de Notícias.