Adolescente confessa assassinato de pais e irmão e é investigado por motivação financeira

Polícia suspeita que jovem de 14 anos tenha cometido o crime por interesse em benefício financeiro; vítima teria direito a mais de R$ 30 mil de FGTS.

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Corpos das vítimas foram encontrados dentro de uma cisterna nos fundos da residência da família, no interior do Rio de Janeiro. Foto: Arquivo/ Rede Social. Por: Editorial | 26/06/2025 10:21

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga um caso chocante ocorrido em Itaperuna, onde um adolescente de 14 anos confessou ter matado os pais e o irmão caçula, de apenas 3 anos. Segundo as autoridades, uma das linhas de apuração é a motivação financeira, já que, após o crime, o jovem pesquisou na internet como sacar o FGTS de uma pessoa falecida. O pai teria saldo estimado em cerca de R$ 33 mil.

O crime foi descoberto na quarta-feira (25), após o próprio adolescente ir à delegacia acompanhado da avó paterna, alegando que os pais e o irmão estavam desaparecidos. Ele contou uma história de que o irmão havia se engasgado com um caco de vidro e que os pais haviam saído para levá-lo ao hospital. No entanto, nenhuma unidade de saúde registrou atendimento à família.

Diante das inconsistências, os investigadores foram até a casa da família, onde perceberam um forte odor de decomposição. Em uma cisterna no quintal, encontraram os corpos das três vítimas. A quantidade de sangue espalhado pela casa indicava algo muito mais violento do que um acidente doméstico.

Confrontado com as evidências, o adolescente confessou ter atirado na cabeça dos pais e no pescoço do irmão, justificando que queria “poupar o menino da dor de perder os pais”. Ele relatou que usou a arma do pai, escondida sob o colchão do casal, após tomar um suplemento para se manter acordado durante a madrugada.

Durante a perícia, a polícia encontrou uma mochila pronta para viagem contendo os celulares das vítimas. O adolescente planejava sair de casa após o crime. Uma das hipóteses investigadas envolve um relacionamento virtual com uma jovem de 15 anos do Mato Grosso. A adolescente teria pressionado o garoto para que a visitasse, e a proibição dos pais teria motivado a ação extrema.

A arma usada no crime foi localizada na casa da avó, que afirmou tê-la guardado sem saber do ocorrido, temendo que o neto se ferisse. A frieza do depoimento chamou a atenção da polícia. Segundo o delegado responsável, o jovem demonstrou calma e nenhum arrependimento. “Disse que faria tudo de novo”, relatou.

As investigações seguem para apurar com mais precisão o envolvimento da suposta namorada e outros fatores que possam ter contribuído para o crime. Com informações: Caarapó News.