Após declarar-se livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em 18 de junho, o Brasil recebeu na última sexta-feira (20) a validação oficial da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), abrindo caminho para a retomada das exportações de carne de frango. O anúncio resultou em reações imediatas de diversos países que haviam imposto embargos sanitários ao produto brasileiro.
Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luís Rua, Bolívia, Iraque, Marrocos e Coreia do Sul já suspenderam as restrições. A Coreia do Sul, inclusive, passou a adotar permanentemente o modelo de regionalização sanitária, o que significa que, em futuros episódios, os bloqueios deverão se restringir ao estado afetado, e não ao país como um todo.
A reabertura desses mercados é estratégica para o setor avícola, que sofreu queda nas exportações no último mês. Em 2023, a Coreia do Sul foi o 10º maior destino da carne de frango brasileira, com 155,8 mil toneladas exportadas, enquanto Israel — que ainda mantém restrições — ocupou a 9ª posição, com 179,8 mil toneladas.
Outros países que também suspenderam restrições incluem Bósnia e Herzegovina, República Dominicana, Argélia, Egito, El Salvador, Lesoto, Myanmar, Paraguai, Vanuatu e Vietnã. A expectativa do governo federal é que, com a chancela da OMSA, mais nações que ainda mantêm barreiras sanitárias sigam o mesmo caminho nos próximos dias.Com informações: Agro Estadão