Os Estados Unidos lançaram na noite deste sábado (21) uma ofensiva militar contra o Irã, atingindo três pontos considerados vitais para o programa nuclear do país. O anúncio foi feito pelo presidente Donald Trump, que classificou a ação como “altamente precisa” e declarou que, a partir de agora, o Irã enfrenta um ponto de inflexão: “ou escolhe a paz ou encara uma tragédia”.
O ataque ocorre em meio ao agravamento das hostilidades entre Israel e Irã. Nos últimos dias, o governo israelense havia iniciado operações militares para eliminar estruturas nucleares iranianas. Em resposta, Teerã lançou mísseis contra cidades israelenses como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.
Segundo Trump, os alvos bombardeados foram as instalações em Fordow, Natanz e Esfahan — regiões conhecidas por abrigar centros de enriquecimento de urânio e pesquisa nuclear. Em mensagem publicada às 20h50 (horário de Brasília), o presidente americano afirmou que os ataques foram bem-sucedidos e que as aeronaves envolvidas na operação já haviam deixado o espaço aéreo iraniano em segurança.
“Fordow, se foi”, escreveu Trump às 21h13, sugerindo a destruição completa do principal bunker iraniano. Mais tarde, por volta das 23h, ele reforçou o tom de alerta ao Irã: “Se não houver acordo de paz, haverá consequências irreversíveis”.
O premiê israelense Benjamin Netanyahu celebrou a ação americana e afirmou que ela “vai reescrever os rumos da história”. A emissora estatal Kan confirmou que os ataques foram realizados em total coordenação entre Tel Aviv e Washington.
Em contrapartida, autoridades do Irã reconheceram os bombardeios. A TV estatal alertou que, a partir de agora, qualquer cidadão americano ou militar na região será considerado alvo estratégico. De acordo com a agência Reuters, os EUA utilizaram aviões furtivos B-2 Spirit, equipados com bombas de alta penetração, além de 30 mísseis Tomahawk.
Segundo o governo americano, seis bombas de grande impacto foram lançadas sobre Fordow, projetada como uma fortaleza subterrânea. Natanz e Esfahan, por sua vez, foram atingidas por mísseis teleguiados.
Em discurso transmitido pelas redes sociais, Trump declarou: “Este é um marco não apenas para os Estados Unidos e Israel, mas para o equilíbrio mundial. O Irã precisa escolher encerrar este conflito e negociar”.
A entrada formal dos Estados Unidos no confronto marca uma guinada no cenário geopolítico da região. Em fevereiro, Trump já havia reativado a política de pressão máxima, impondo sanções e prometendo uma resposta dura às ameaças nucleares iranianas. Na semana passada, ele chegou a dizer que “já controlava o céu do Irã” e insinuou que sabia o paradeiro do líder supremo Ali Khamenei, afirmando que “não o eliminaria por enquanto”.
Para especialistas, a presença americana amplia o alcance das ações contra o programa nuclear iraniano. “Os Estados Unidos são o único país com capacidade militar suficiente para neutralizar, de forma decisiva, os avanços do Irã nesse campo”, avalia Priscila Caneparo, doutora em Direito Internacional.
Com a escalada, o Oriente Médio entra em um novo e perigoso capítulo. A comunidade internacional agora acompanha com atenção os próximos movimentos — que podem definir os rumos da estabilidade global. Com informações G1 mundo