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PF apreende 140 canetas emagrecedoras contrabandeadas em Ponta Porã; passageiro é liberado após pagar fiança

Produtos sem registro da Anvisa, trazidos do Paraguai, caracterizam crime sanitário e são enviados para perícia; suspeito responde em liberdade.
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Canetas emagrecedoras apreendidas pela Polícia Federal em Ponta Porã (MS). Entre os produtos, 67 eram da marca Monjauro, similar ao medicamento semaglutida, e outras 73 de origem não identificada. (Foto: Divulgação/PF) Por: Editorial | 21/06/2025 11:19

Na quinta-feira (19/06), a Polícia Federal (PF) apreendeu 140 canetas injetáveis para emagrecimento sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) durante uma fiscalização de rotina no Aeroporto Internacional de Ponta Porã (MS). O material, transportado por um passageiro sem prescrição médica, foi interceptado ao chegar da fronteira com o Paraguai. O caso foi divulgado oficialmente na sexta-feira (20/06).

Entre os produtos apreendidos, 67 eram da marca Monjauro – substância similar à semaglutida, princípio ativo de medicamentos para diabetes e perda de peso – e outras 73 não tinham identificação clara. O suspeito foi detido, levado à delegacia da PF, pagou fiança e foi liberado para responder ao processo em liberdade.

Riscos à saúde e mercado ilegal
O transporte de medicamentos controlados sem autorização configura crime sanitário, com pena prevista de dois a cinco anos de detenção. As canetas foram encaminhadas para análise pericial, e o caso segue sob investigação. A apreensão reforça os alertas sobre o comércio ilegal desses produtos na região de fronteira, onde itens como Lipoless (equivalente a Mounjaro) são vendidos sem receita no Paraguai por cerca de R$ 540, mas alcançam até R$ 9 mil no mercado negro brasileiro.

A Anvisa já havia endurecido as regras em abril, exigindo prescrição em duas vias e registro no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) para medicamentos à base de GLP-1 (como semaglutida e tirzepatida). Rômison Mota, diretor da agência, alerta: "O uso sem acompanhamento médico pode causar efeitos graves, como hipoglicemia e pancreatite."

A operação evidencia a atuação de redes de contrabando que se aproveitam das diferenças regulatórias entre os países e destaca a importância da fiscalização integrada entre PF, Receita Federal e Anvisa para coibir riscos à saúde pública. Com informações: Folha de Campo Grande.




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