Entre 2023 e abril de 2025, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Inspeção do Trabalho, retirou 6.372 crianças e adolescentes de situações de trabalho infantil em todo o país. A maior parte dos casos está relacionada às piores formas dessa prática, que expõem os menores a riscos graves à saúde, à segurança e ao desenvolvimento integral, como parte das ações da Semana de Combate ao Trabalho Infantil, que antecedem o Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado em 12 de junho.
Segundo o levantamento, 86% dos afastamentos identificados ocorreram em atividades perigosas, degradantes ou prejudiciais ao desenvolvimento físico e psicológico. O perfil predominante das vítimas é masculino, representando 74% dos casos, e a faixa etária mais afetada é a de 16 a 17 anos. Entre os setores com maior incidência estão o comércio varejista, alimentação, oficinas mecânicas e atividades rurais, onde crianças e adolescentes manuseiam máquinas pesadas e agrotóxicos, enfrentando riscos de mutilações e doenças graves.
Após o resgate, as vítimas são encaminhadas a órgãos de proteção social e programas de aprendizagem profissional, garantindo sua inclusão em políticas públicas e uma transição segura para o mercado de trabalho. Para o coordenador nacional de Fiscalização do Trabalho Infantil, Roberto Padilha Guimarães, o combate ao trabalho infantil exige esforço conjunto de toda a sociedade para garantir um futuro digno a crianças e adolescentes.Com informações: Obemdito.