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Casos de câncer de mama crescem entre mulheres com menos de 50 anos no Brasil

Mais de 108 mil brasileiras nessa faixa etária foram diagnosticadas entre 2018 e 2023; especialistas defendem ampliação dos exames preventivos pelo SUS.
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Diagnóstico precoce é essencial para salvar vidas: número de mortes por câncer de mama cresceu 38% em seis anos no Brasil. Foto: José Cruz. Por: Editorial | 10/06/2025 16:13

Mais de 108 mil mulheres com menos de 50 anos foram diagnosticadas com câncer de mama no Brasil entre 2018 e 2023, segundo dados do Painel Oncologia Brasil, analisados pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). O número representa cerca de um terço de todos os diagnósticos feitos no período, o que acende um alerta para a necessidade de rever as diretrizes de rastreamento da doença no país.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) recomenda a realização de mamografias apenas para mulheres entre 50 e 69 anos. No entanto, os dados mostram que 71.204 casos ocorreram entre mulheres de 40 a 49 anos e outros 19.576 entre 35 e 39 anos. Juntas, essas faixas etárias representam 33% dos diagnósticos registrados.

No total, o país somou 319.546 casos da doença nos últimos seis anos, sendo a maior parte (157,4 mil) dentro da faixa prioritária definida pelo SUS. Entre mulheres com mais de 70 anos, também excluídas das recomendações de rastreamento, foram registrados 53.240 casos.

O levantamento também evidencia um crescimento acelerado dos casos: de 40.953 em 2018 para 65.283 em 2023 — alta de 59% em seis anos. São Paulo lidera em número absoluto de diagnósticos (22.014), seguido por Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia.

O impacto da doença também se reflete nos índices de mortalidade. Entre 2018 e 2023, o Brasil registrou 173.690 mortes por câncer de mama. Do total, 38.793 foram de mulheres com menos de 50 anos — o que representa 22% dos óbitos. Já entre mulheres com mais de 70 anos, foram 56.193 mortes (32%).

Para o CBR, o cenário reforça a importância de ampliar o rastreamento para além das faixas etárias atuais. A entidade ressalta que o diagnóstico precoce pode reduzir em até 30% a mortalidade. “Isso significa que metade das vidas perdidas para a doença poderia ser salva com um diagnóstico feito no momento certo”, afirma a instituição.

O estudo também relaciona parte do aumento recente nas mortes ao impacto da pandemia de covid-19, que interrompeu exames preventivos e atrasou o início de muitos tratamentos, gerando um efeito acumulado preocupante para a saúde pública .Com informações: Dourados Agora.

 

 




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