O bom desempenho de Mato Grosso do Sul na balança comercial em 2025 tem sido impulsionado principalmente pela queda nas importações, e não pelo crescimento significativo nas exportações. É o que indicam os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Entre janeiro e maio, o saldo comercial do Estado foi de US$ 3,25 bilhões, resultado das exportações de US$ 4,28 bilhões frente a US$ 1,037 bilhão em importações.
O principal item importado continua sendo o gás natural boliviano, mas as compras vêm diminuindo. Nos cinco primeiros meses do ano, foram importados US$ 363 milhões em gás, valor US$ 163 milhões inferior ao registrado no mesmo período de 2024. Para o governo estadual, essa retração significa perda de receita: com menos gás importado, o recolhimento de ICMS caiu, e mais de R$ 100 milhões deixaram de entrar nos cofres públicos.
Por outro lado, as exportações seguem em alta, puxadas pela celulose, que passou a liderar a pauta desde a inauguração da megafábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo. De janeiro a maio, as vendas externas do produto somaram US$ 1,44 bilhão, um crescimento de 78,1% em relação ao ano passado. O grão de soja, apesar de manter o volume exportado, perdeu espaço devido à queda no preço internacional e agora é o segundo item mais vendido, com US$ 1,16 bilhão — uma queda de 26%.
A carne bovina fresca, refrigerada ou congelada ocupa a terceira posição, com US$ 606 milhões exportados, um avanço de 36,5%. As vendas para os Estados Unidos têm sido determinantes para esse desempenho. O país ampliou em 18,5% suas compras e já é o segundo principal destino das exportações sul-mato-grossenses. A China permanece na liderança, com 46,2% de participação, embora as compras estejam praticamente estáveis.
Outros parceiros importantes também se destacaram, como Argentina e Itália, que aumentaram em mais de 59% o valor das compras de produtos de Mato Grosso do Sul.
Principais parceiros comerciais de MS (jan-mai/2025):
China: US$ 1,98 bilhão (-0,9%)
Estados Unidos: US$ 270 milhões (+18,5%)
Países Baixos: US$ 178 milhões (-10,1%)
Argentina: US$ 176 milhões (+60,1%)
Itália: US$ 172 milhões (+59,9%).Com informações: Correio do estado.