A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) manteve suas projeções para a safra, exportações e processamento da soja brasileira em 2025, com números recordes em todos os segmentos. No entanto, a estimativa de faturamento com o complexo soja (grão, farelo e óleo) foi reduzida para 53,38 bilhões de dólares — cerca de 1 bilhão a menos do que o previsto anteriormente.
A revisão negativa se deve à queda nos preços internacionais. O valor médio da tonelada da soja exportada foi ajustado de 415 para 405 dólares, enquanto o óleo de soja caiu de 1.050 para 1.015 dólares por tonelada. Segundo Daniel Furlan Amaral, diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Abiove, os recuos refletem a maior oferta global, o aumento dos estoques e a tendência de baixa nas cotações internacionais.
Apesar da queda na receita total, o Brasil deve exportar um volume recorde de 108,2 milhões de toneladas de soja em 2025, 9,4 milhões a mais do que em 2024. A safra nacional também foi mantida em 169,7 milhões de toneladas — outro recorde, superando os 154,4 milhões colhidos no ano passado.
O processamento doméstico da oleaginosa também deve atingir novo patamar histórico, com 57,5 milhões de toneladas. A Abiove projeta que, mesmo com os preços menores, a receita apenas com a soja em grão cresça para 43,8 bilhões de dólares, contra 42,9 bilhões em 2024, impulsionada pelo aumento nas exportações.
Se confirmado o cenário, 2025 encerrará com receitas inferiores às de 2024, quando o complexo soja brasileiro arrecadou 53,94 bilhões de dólares, segundo dados da própria associação. .Com informações:Canal Rural.