A redução no preço da gasolina anunciada pela Petrobras na última segunda-feira (2) não chegou ao consumidor da forma esperada em Campo Grande. A estatal divulgou um corte de R$ 0,17 por litro no preço da gasolina A, o que representaria uma queda de R$ 0,12 no valor final ao consumidor, considerando a mistura com etanol. No entanto, levantamento realizado pelo Correio do Estado em 20 postos da Capital na manhã desta segunda-feira (9) mostra que a redução média foi de apenas R$ 0,07 por litro.
O preço da gasolina comum, que estava congelado há 328 dias, variava entre R$ 5,65 e R$ 5,99 na maioria dos postos visitados. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor médio entre 18 de maio e 7 de junho era de R$ 5,84. Na semana anterior, de 11 a 17 de maio, a média era de R$ 5,86 — uma diferença de apenas dois centavos.
O etanol, por sua vez, teve leve alta nas últimas semanas, passando de R$ 3,82 para R$ 3,84 o litro. Em alguns postos da Capital, o combustível já ultrapassa os R$ 4,00.
Segundo Edson Lazarotto, diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis de MS (Sinpetro-MS), a queda nos preços ainda está sendo absorvida pelos postos. “A redução foi de R$ 0,17 na gasolina A. Como essa gasolina tem 27% de etanol, a redução para o consumidor final ficou em torno de R$ 0,12, considerando ainda os custos de frete e armazenagem”, explicou.
Apesar da queda anunciada, o cenário internacional aponta para instabilidade nos preços. O barril do petróleo voltou a subir nesta segunda-feira (8), com o Brent — referência para o Brasil — fechando a US$ 64,63, alta de 2,95%. O movimento reflete tensões geopolíticas e decisões recentes da Opep+, que sinalizou aumento na produção.
Enquanto isso, motoristas campo-grandenses seguem enfrentando preços pouco alterados nas bombas, sem o alívio esperado no bolso. A promessa de combustíveis mais baratos, por ora, segue apenas parcial. Com informações: Correio do Estado.