Com o objetivo de transformar a prestação de serviços hospitalares e garantir mais eficiência na atenção à saúde, o Governo de Mato Grosso do Sul apresentou na manhã desta quarta-feira (4), na Assembleia Legislativa, os avanços do projeto de regionalização da saúde e a proposta de Parceria Público-Privada (PPP) para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS). A iniciativa foi detalhada pelo governador Eduardo Riedel, ao lado dos secretários Maurício Simões (Saúde) e Eliane Detoni (Parcerias Estratégicas).
Segundo Riedel, o projeto é resultado de dois anos de estudos técnicos e análise criteriosa de indicadores. "Estamos mergulhados nesse processo para garantir um modelo sustentável, eficiente e que realmente melhore a vida das pessoas. Precisamos nivelar informações e desfazer equívocos que foram divulgados sem base nos fatos", explicou.
Foto: Assessoria.
O plano prevê a criação de um novo “cinturão da saúde”, com reestruturação da rede hospitalar conforme a capacidade de cada unidade e suas demandas específicas. O foco está no atendimento de média e alta complexidade, reduzindo desigualdades regionais e otimizando recursos.
A PPP do HRMS é uma das principais estratégias dentro dessa nova arquitetura. A parceria prevê a ampliação de leitos de 362 para 577, aumento de 96% nas internações mensais – de 1,4 mil para mais de 2,7 mil –, e economia estimada de até 35% por internação. A secretária Eliane Detoni reforçou que o hospital continuará com atendimento 100% pelo SUS.
“O parceiro privado ficará responsável por toda a estrutura de apoio não assistencial, como lavanderia, nutrição, manutenção e logística, enquanto o Estado mantém o controle e a gestão clínica do hospital”, detalhou Detoni.
Maurício Simões lembrou que a regionalização é baseada em indicadores específicos de cada microrregião, com o objetivo de descentralizar a assistência e garantir eficiência no atendimento. "É uma estratégia alinhada ao desenvolvimento do Estado, que já vive transformações com a Rota Bioceânica e a Rota da Celulose”, destacou.
Durante a apresentação, os deputados estaduais puderam esclarecer dúvidas e elogiaram a iniciativa. O presidente da Assembleia, Gerson Claro, reforçou a importância do diálogo com o Executivo. “Trata-se de um projeto robusto, bem fundamentado e que apresenta uma solução concreta para os desafios da saúde pública”, afirmou.
Além de Campo Grande, as macrorregiões de Dourados (Cone Sul), Três Lagoas (Costa Leste), Corumbá (Pantanal) e Ponta Porã também serão beneficiadas com a expansão de leitos e serviços nos próximos anos, fortalecendo a oferta de cirurgias e exames especializados em todo o Estado. Com informações: Agência de Notícias.