Mato Grosso do Sul encerrou a colheita da safra 2024/2025 com 14,06 milhões de toneladas de soja, conforme dados consolidados divulgados nesta terça-feira (3) pela Aprosoja/MS. O volume representa um crescimento de 13,8% em relação à safra passada, quando foram colhidas 12,35 milhões de toneladas, e consolida o segundo melhor desempenho da história, ficando atrás apenas da safra 2022/2023, que totalizou 15 milhões de toneladas.
A área plantada nesta safra foi de 4,524 milhões de hectares — quase 500 mil a mais do que no ciclo anterior. No entanto, a produtividade média, de 51,79 sacas por hectare, ainda está abaixo da registrada na safra histórica de 2022/2023, quando a média foi de 62,4 sacas por hectare.
Os melhores resultados vieram da região norte. Em Costa Rica, a produtividade média foi de 78,36 sacas por hectare, enquanto Chapadão do Sul alcançou 77,03 sacas. Já no sul do estado, o cenário foi menos favorável: Dourados colheu apenas 39,99 sacas por hectare; Sidrolândia, 49,16; Ponta Porã, 49,70; e Amambai teve uma das piores médias, com apenas 32,17 sacas por hectare.
Maracaju liderou a produção estadual, com 1,526 milhão de toneladas, o que representa mais de 10% do total colhido em MS. Ponta Porã, mesmo com área plantada semelhante, produziu 1,038 milhão de toneladas.
O baixo desempenho em parte do estado é atribuído à estiagem prolongada. Dados da Aprosoja mostram que, entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, apenas cinco municípios registraram chuvas acima da média em janeiro — mês crucial para o enchimento dos grãos. Cerca de 2,33 milhões de hectares, principalmente no sul e centro do estado, foram afetados por estresse hídrico.
Na comercialização, 58% da produção já foi vendida, índice 8% superior ao do mesmo período da safra passada, puxado pelas vendas antecipadas em razão de preços mais atrativos no início do ano. Atualmente, a saca de soja é cotada a R$ 117,37 — valor 3,3% menor que o registrado no mesmo período de 2024. A tendência para os próximos dois meses, segundo o boletim da Aprosoja, é de retração entre 2% e 3% na Bolsa de Chicago. Com informações: Correio do Estado.