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Violência no trânsito de Campo Grande cresce apesar de recorde em multas aplicadas pelo Detran-MS

Com mais de 154 mil autuações nos primeiros quatro meses do ano, número de acidentes e mortes na Capital segue em alta, principalmente entre motociclistas.
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Motociclista ferido após colisão com três carros em Campo Grande; acidentes com motos representam 35% das ocorrências neste ano. Foto: Painel do Detran-Ms. Por: Editorial | 27/05/2025 14:55

Mesmo com reforço na fiscalização e aumento no volume de multas aplicadas, a violência no trânsito de Campo Grande continua a crescer. De janeiro a abril deste ano, o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) lavrou 154,1 mil multas na Capital – alta de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, o número de acidentes subiu para 4.106, com 1.404 registros com vítimas e 17 mortes, a maioria envolvendo motociclistas.

Segundo dados da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), que atua em conjunto com o Detran, Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana na fiscalização, os motociclistas representam 35% dos acidentes (1.436). Em maio, que ainda não terminou, já foram confirmadas 10 mortes no trânsito da cidade.

O caso mais recente ocorreu no domingo, quando uma moto de alta cilindrada colidiu com três veículos, deixando o condutor em estado grave. Apesar da severidade da situação, não havia blitz no local no momento do acidente.

Entre as infrações mais comuns estão excesso de velocidade de até 20%, não identificação do condutor e avanço de sinal vermelho. Nos últimos cinco anos, mais de 697 mil multas foram registradas na Capital, sendo que 36% foram por velocidade acima do permitido.

O crescimento no número de autuações está ligado, em parte, ao uso do talonário eletrônico, dispositivo que substitui o tradicional talão de papel. Em 2024, esse sistema registrou 139.384 infrações. Antes, a maior parte das multas vinha de radares eletrônicos.

Durante a campanha Maio Amarelo, cujo tema deste ano é “Desacelere, seu bem maior é a vida”, o gestor de Educação e Fiscalização de Trânsito do Detran-MS, Pedro Rogério Zanetti, destacou a importância da conscientização: “O trânsito precisa ser mais humano e seguro para todos”, afirmou.

Em nível estadual, foram aplicadas 2,9 milhões de multas nos últimos cinco anos, com predominância de infrações médias. Em 2023, o excesso de velocidade liderou o ranking de autuações, seguido pela não transferência de veículo no prazo legal.

Uma nova lei estadual, em vigor desde abril, permite converter infrações leves e médias em advertência escrita, desde que o motorista esteja há pelo menos 12 meses sem cometer novas infrações. A mudança busca coibir autuações indevidas e incentivar o bom comportamento no trânsito.

Apesar das medidas, o aumento das multas ainda não se reflete em mais segurança viária, revelando um cenário preocupante em Campo Grande. Com informações: Correio do Estado.

 




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